Estreitando alianças: PSOL, PTN e PR sentam para conversar

18/04/2012 06:09 - Blog do Vilar
Por Redação
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Com a proximidade das convenções partidárias, aquele imenso número de candidatos que foram aparecendo ao longo de 2011 e no início deste ano eleitoral devem começar a afunilar. Muitos políticos - inclusive - já fazem apostas na consolidação de dois grupos, cada qual com um nome na cabeça.

No máximo, destes dois grupos sairia apenas uma força dissidente, mas que não poderia ser chamada de "terceira via" por ter raízes semelhantes. Os grupos são: os "palacianos" e o "chapão". O primeiro reúne quatro possibilidades: o deputado federal Rui Palmeira (PSDB), o também parlamentar federal Givaldo Carimbão (PSB), o deputado estadual Jefferson Morais (Democratas) e o secretário de Estado Marcelo Palmeira (PP).

Por trás do grupo dos palacianos, os caciques: o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), Thomaz Nonô (vice-governador do Democratas) e o senador Benedito de Lira (PP). Os três são possíveis nomes para a eleição de 2014. Vilela para o Senado. Os outros dois na disputa pelo Palácio República dos Palmares.

No chapão, aparecem como candidatos: o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), o presidente da Câmara Municipal, Galba Novaes (PRB), a deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB) e o secretário de Infraestrutura Mozart Amaral (PMDB), agrupando partidos como PT e PCdoB, sem forças para pré-candidaturas majoritárias.

É deste grupo que se especula a "dissidência", com a possibilidade do senador Fernando Collor de Mello (PTB) costurar a chapa Ronaldo Lessa-Galba Novaes. Se assim o fizer, afunila uma imensa gama de candidatos para três caminhos. Mas, distante destas negociações, alguns partidos querem consolidar uma aliança que seja vista como "terceira via". Ou seja, uma alternativa ao cenário exposto que tende a polarização.

Os primeiros passos já foram dados. Esta construção envolveria o PSOL do pré-candidato e professor de História, Alexandre Fleming. Já se iniciaram diálogos com o PTN do deputado estadual João Henrique Caldas. As conversações com o PTN avançaram nos últimos dias e os partidos estão quase acertados na disputa proporcional.

Mas a aliança não fica só por aí. O presidente municipal do PSOL, Alexandre Fleming, foi procurado pelo presidente estadual do PR, o deputado federal Maurício Quintella. A conversa ocorreu em Brasília - cidade onde tudo acontece. O diálogo foi produtivo, mas sem batida de martelo. Também, sem portas fechadas.

Os dois dirigentes devem ainda marcar um segundo papo. Desta vez, quem sabe, com João Henrique Caldas presente. O candidato da frente seria de fato Alexandre Fleming. Um dos problemas no diálogo com o PR é a posição do partido em relação a atual administração do prefeito Cícero Almeida (PP). A sigla de Quintella é da base.

Há outra questão também: o PSOL vê no PSTU um importante aliado, que é bem mais radical no quesito alianças. Esperemos.
 

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