Basta tocar o sinal do recreio para ter início a correria à cantina, para a tão esperada hora do lanche. No pedido, geralmente estão presentes a suculenta (e calórica!) coxinha, o atraente enroladinho ou o chamativo pastel, sempre acompanhados, normalmente, por um refrigerante bem gelado. Mas o lanche gorduroso e calórico dos estudantes nas cantinas das escolas das redes pública e particular de Palmeira dos Índios pode estar com os dias contados.

Agora, uma proposta de projeto de lei municipal pode proibir que as cantinas e lanchonetes das escolas vendam guloseimas, frituras, alimentos gordurosos e de alto teor calórico.
O vereador por Palmeira dos Índios, França Júnior (PSDB), quer que o Governo Municipal e o Governo do Estado determinem a proibição de tais alimentos nas dependências das escolas.

Pelo projeto de lei municipal, ficariam proibidos de serem comercializados nas cantinas das escolas alimentos como salgados de massas ou massas folheadas, frituras em geral, biscoitos recheados, salgados ou pipocas industrializadas, refrigerantes e sucos artificiais, doces de fabricação industrializada ou caseira, balas, pirulitos, gomas de mascar e similares, qualquer alimento de grande potencial calórico e/ou rico em gordura trans, bem como de baixo teor nutritivo.

Entre os alimentos considerados saudáveis e que poderiam ser vendidos à vontade estão frutas, salada de frutas, sucos naturais, sanduíches naturais, queijos brancos (como coalho, ricota minas), carnes brancas (peixes e aves) e demais alimentos que componham uma dieta saudável. O objetivo é que os alimentos comercializados nas cantinas e lanchonetes estejam enquadrados em uma dieta rica em nutrientes que garantam a saúde e o bem estar das crianças e adolescentes.

"Sabemos que é difícil a mudança, mas precisamos dar o primeiro passo. Quero discutir o projeto antes de apresentá-lo", sustenta o parlamentar.

Devido ao considerável aumento de pessoas com sobrepeso no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem considerado esse transtorno alimentar como uma epidemia. No Brasil, por exemplo, a obesidade infantil e posteriormente na adolescência cresceu 240% nos últimos 20 anos.