É mais que sabido que o discurso é a reunião de idéias em forma de linguagem que tem por finalidade influenciar na tomada de decisões de determinadas pessoas, ou nos sentimentos dos ouvintes.
O discurso é arma comumente usada por agentes políticos que, no afã de serem reconhecidos como servidores do povo, apelam para a dor, o orgulho e toda sorte de sensações daquele que o ouve, a fim de ser visto como representante legítimo de seus anseios.
Noutros momentos o tom persuasivo do discurso é usado para convencer o espectador acerca de determinadas verdades, muitas vezes estas são apenas as convenientes ao interlocutor, e por isso devem ser encaradas com desconfiança pelo ouvinte.
Com o advento das novas mídias, a internet assumiu papel primordial nessa pesquisa por informações a fim de contrapô-las às verdades impostas pelos discursos inflamados, ou pelas notas oficiais duvidosas. Cabendo hoje ao “povo” a liberdade de acreditar naquilo que o convença a partir de suas próprias experiências.
É certo que o encantatório das palavras bonitas e fortes acaba por aliciar os mais humildes e/ou os mais distantes das informações, mas essa faceta aos poucos vai mudando.
Do discurso mentiroso a vítima será apenas a sociedade que, além de ver-se enganada, não terá seus anseios satisfeitos, simplesmente porque aqueles que deveriam saciá-los não os assume como prioridade e nem como problema a ser superado.
A sociedade tem dado seu “BASTA!” aos discursos falaciosos que, mesmo recheados de pseudo-indignação e de belas palavras, se destoantes da realidade são facilmente desacreditados.