Envolvido em decisões importantes no Estado de Alagoas, como o afastamento provisório dos deputados estaduais denunciados na ‘Operação Taturana’ e no recente caso da morte do vereador por Anadia, Luiz Ferreira, que tem como principal acusada a prefeita Sânia Tereza, o juiz Helestron Costa recebeu reforço de segurança armada, teve sua rotina alterada e fala sobre possíveis medidas sobre os respectivos casos.
Em entrevista a reportagem do CadaMinuto, o magistrado que responde pela comarca de Anadia e pela 17ª Vara da Fazenda Pública, comentou sobre os últimos acontecimentos envolvendo o seu nome e as decisões que podem ser tomadas nos casos que está diretamente ligado.
Em dezembro de 2011, Helestron Costa determinou o afastamento dos envolvidos na Operação Taturana de suas funções, além pedir o bloqueio dos bens de Arthur Lira, Celso Luiz, Cícero Ferro, Fábio Jatobá, João Beltrão e sua filha Jully Beltrão. Porém, dias depois o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) derrubou a liminar e recolocou os parlamentares, ex-parlamentares e prefeito em suas funções de direito.
Outro caso de repercussão que o magistrado está envolvido é a investigação do crime que vitimou o vereador de Anadia, Luiz Ferreira, assassinado no dia 3 de setembro de 2011 e que tem como principal acusada a prefeita do município, Sânia Tereza.
Diante dos dois casos de repercussão, Helestron Costa tem sido alvo de boatos, principalmente de ameaças de morte, segundo ele próprio. “Foram noticiadas algumas coisas inverídicas. Eu não fui ameaçado de morte, não houve nenhuma ameaça direta, mas, diante das circunstâncias, a minha segurança foi reforçada justamente para evitar qualquer tipo de sinistro”, disse.
Por conta das possíveis ameaças, o juiz recebeu do Conselho de Segurança de Alagoas(Conseg) o reforço de segurança armada, onde dois militares acompanham o magistrado durante todo o dia nas suas funções públicas. Sobre a sua rotina, Helestron Costa admite mudanças, mas afirma que é necessária a decisão. “É claro que a rotina muda. Os militares estão fazendo o seu trabalho, é a minha segurança que está em jogo, mas muda muito o dia a dia e a forma de trabalhar”, disse.
Pelo fato de ter recebido reforço na segurança armada, a reportagem do CadaMinuto questionou o magistrado se existe algum tipo de investigação com relação as supostas ameaças de morte, sejam elas dos dois casos que está envolvido e afirmou que a 17ª Vara e o Grupo Especial de Combate as Organizações Criminosas (GECOC) estão diretamente ligados nessa situação.
“Esse reforço na segurança foi concedido, mas é fato que não houve nenhuma ameaça direta. Mas, a 17ª vara e o Gecoc estão responsáveis por proteger e investigar qualquer tipo de situação, seja com magistrados ou qualquer cidadão que esteja envolvido em algum tipo de processo ou investigação”, finalizou.