No dia 21 de março, Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, a Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE) realiza uma programação com palestra e mesa-redonda para a discussão da Lei 10.639, que estabelece o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições de ensino fundamental e médio.

A gerente de diversidade da SEE, Irani da Silva, explica que o encontro terá a duração de oito horas e reunirá 200 professores e técnicos das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) no auditório Aquatune, no Palácio República dos Palmares. “A participação dos educadores promoverá o debate para a criação de um diálogo que contribua com ações efetivas contra a discriminação racial e a efetivação da Lei nas escolas estaduais”, pontua Irani.


A abertura do evento, às 9h30, contará com a palestra “Reconstrução racista na sociedade brasileira e seus reflexos no espaço escolar”, com a professora da Universidade Federal de Alagoas, Nancy Helena Rebouças. No período vespertino, a partir das 14h, haverá uma mesa-redonda com o tema “Caminhos para a superação da violência escolar”, com a participação do promotor Flávio Gomes, do juiz Pedro Alves e da educadora Maria Alcina Ramos.


“O importante desta temática de violência nas escolas é a própria instituição assumir que existe uma violência física e psicológica étnico-racial e efetivamente capacitar o professor para enfrentar essas situações”, afirma o técnico pedagógico, Zezito de Araújo.


Inscrições - Os educadores interessados na discussão poderão se inscrever no encontro por meio de sua escola e nas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). A entrada no evento é gratuita.


O 21 de março - A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, vinte mil pessoas protestavam contra a lei do passe, que obrigava a população negra a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular, na cidade Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.