Leão controla críticas a Lucas: "é um bebê ainda para o futebol"

09/03/2012 22:23 - Futebol
Por Redação

Emerson Leão sorriu durante sua entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda, ao ouvir que Lucas desabafou no Twitter sobre as cobranças às suas constantes jogadas individuais. O técnico lembrou da juventude do meia-atacante e da dificuldade para fazer repousar o atleta, querido no elenco por suas piadas.

"Tinham que fazer com o Lucas como uma empresa de ônibus daqui de São Paulo faziam com seus motoristas. O funcionário chegava oito horas antes, era colocado em um quarto, trancado e escurecido, para fazê-lo dormir. Só assim para o Lucas parar", apontou, rindo, o comandante.

"Se o Lucas for convidado para jogar amanhã de manhã, mesmo que seja uma partida beneficente, ele aceita. Ele viaja, voa muito, e mando dormir, mas entro no quarto e ele não está dormindo. É muito dinâmico. E depois que inventaram computador e celular, acabou o descanso", continuou.

Disposição que tem a ver com a juventude do jogador. Leão chegou a se surpreender quando informado que seu comandado tem apenas 19 anos, não 20 ou 21, como pensou. "É um bebê ainda para o futebol", concluiu. "Os grandes atletas amadurecem com 26, 27 anos. No meu tempo, como goleiro, era após os 32 anos", analisou.

Logo após o jogo contra o Independente, depois de o técnico reclamar do excesso de dribles, o jogadora desabafou em seu Twitter. "Às vezes não entendo. Se parto para cima, eu estou errado. Se toco de lado, também estou errado... Não sei mais o que faço...". Porém, Leão se fez de desentendido com o relato, reforçando que é avesso a redes sociais virtuais.

"Não vejo Twitter. Contem para eu dar uma dura nele", pediu durante a entrevista. "Mas ele se dirigiu a mim? Ah bom. Se ele se dirigisse, sentaria do meu lado e eu falaria no ouvido dele", comentou, já com uma resposta à indefinição de Lucas. "Ele precisa definir o que faz de melhor. O seu melhor é ter a bola dominada pelas extremidades, direita ou esquerda, nunca pelo meio", explicou.

Sobre o individualismo que ele apontou, a solução é simples: levantar a cabeça. E Leão ainda reforçou que Lucas não é o único que dribla demais em vez de optar pelo jogo coletivo. Por isso, a ordem de olhar para a partida, e não dar fintas a cada pé que encontrar, é geral.

"Existe individualismo na bola ofensiva e decisiva. Às vezes, faz parte de uma cabeça baixa. O jogador abaixa a cabeça e seu universo fica pequeno. Então, tem sempre que driblar mais um, mas tem sempre mais um, principalmente para o Lucas, que é um individualista, o Fernandinho, o Osvaldo. Precisam aumentar o horizonte deles", indicou.

Para evitar qualquer polêmica, ainda receitou a Lucas procurá-lo. "O atleta de hoje contesta toda hora, não diretamente, indiretamente. Falando em Twitter, Google, televisão, jornal, interativo, imperativo, futuro, presente... Olhem quantas ramificações para arrumar meio para auto-defesa? Mas o melhor é sentar e conversa com o treinador, que está aqui para ouvir o atleta", ofereceu-se Leão.

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