Após a determinação da 17ª Vara Criminal em afastar Francisco Tenório das funções de delegado, a direção da Polícia Civil decidiu que o ex-deputado federal ocupará outro cargo dentro da instituição. Tenório será lotado no setor de Recursos Humanos da Polícia Civil. A assessoria da PC informou que, dentro dos próximos dias, a nomeação de Francisco Tenório para o RH será publicada no Diário Oficial.

Tenório deveria assumir o cargo de delegado-adjunto na Delegacia de Acidentes, mas antes de assumir o posto, os magistrados da 17ª Vara Criminal determinaram que ele não poderia atuar nessa função. Segundo Maurício Brêda, o fato de Tenório ser acusado em crimes de homicídio foi levado em consideração para a decisão do colegiado de juízes. A 17ª  determinou ainda a perda do porte de arma de fogo do ex-deputado.

Tenório foi solto no último dia 16, sob a condição de ser monitorado eletronicamente. A soltura do ex-parlamentar também foi determinada pela 17ª Vara.

A prisão

Francisco Tenório foi preso no dia 02 de fevereiro do ano passado, em Brasília, por agentes da Polícia Federal. O mandado de prisão foi expedido pelas 7ª e 17ª Varas Criminais. O ex-parlamentar foi acusado de ser o autor intelectual do assassinato do o ex-cabo da PM José Gonçalves da Silva Filho, ocorrido em 1996. Ao chegar a Maceió, Tenório foi levado para a Casa de Custódia, de onde foi transferido para o presídio Baldomero Cavalcanti, no mês de janeiro.

Dias após ter sido preso, o ex-deputado também foi citado pelo Ministério Público pelos assassinatos de Cícero Sales Belém e José Alfredo Raposo Tenório Filho, crime ocorrido em novembro de 2005, na Avenida Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro. Ele foi denunciado por duplo homicídio qualificado e formação de quadrilha armada.