Em sabatina promovida pela Folha, em parceira com UOL, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) defendeu a indicação de Marcelo Crivella (PRB) para a pasta da Pesca e disse que a indicação de um ministro não precisa ser técnica.

"Gosto de futebol. Mas se dependesse da minha experiência como técnico, eu seria no máximo porteiro do ministério", disse.

"O critério não é necessariamente colocar um técnico. Mas colocar nas funções públicas alguém com responsabilidade e empenho", completou.

Antes de tomar posse no ministério, Crivella afirmou que "não sabe sequer colocar uma minhoca no anzol".

"Um ministério não precisa ter um pescador experiente", disse Aldo.

Sobre as eleições municipais em São Paulo, ele disse que a pré-candidatura do vereador Netinho de Paula (PC do B) não serve apenas para negociar uma aliança. "Está na hora do PC do B ter uma candidatura. É legítimo e necessário."

O ministro também defendeu o seu antecessor, Orlando Silva, que saiu em outubro após acusações de corrupção.

Ele, no entanto, lembrou que suspendeu todos os convênios do programa "Segundo Tempo" com as ONGs, principais focos de denúncias da gestão Orlando. "Atribuo a saída dele à luta política e suas consequências."

Aldo também justificou a nota emitida por seu partido pela morte do ditador da Coreia do Norte Kim Jong-il, em dezembro. "Mais do que referência, era uma obrigação nossa", afirmou.

Os entrevistadores da sabatina são Ricardo Balthazar, editor de "Poder" da Folha, José Henrique Mariante, editor de "Esporte", Vera Magalhães, editora do "Painel", e Juca Kfouri, colunista da Folha e do UOL.