Em março do ano passado o Ministério Público, através do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, apresentou uma denúncia contra o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, pela participação dele em um conjunto de fraudes com licitações e contratos irregulares, que desviaram mais de R$200 milhões do município para duas empresas de recolhimento de lixo.
Um ano após as denúncias, o crime ainda não foi julgado e as duas empresas investigadas ganharam o processo de licitação no final do ano passado. As duas foram contratadas por dois meses para realizar o serviço de limpeza na capital alagoana. O novo contrato é no valor de R$500 milhões.
Para o promotor Marcos Rômulo a demora na apreciação do processo tem o motivo principal a mudança de juízes. “A 14ª está com um juiz que atua no interior do estado e ele só vem para Maceió na sexta-feira. Então fica complicado para julgar todos os processos”, afirmou o promotor que fez a denúncia no Ministério Público.
O promotor disse ainda que não acredita na licitação pública no Brasil. “Se a Justiça tivesse celeridade, as duas empresas citadas não poderiam nem participar do processo licitatório”, afirmou.