O governador Teotonio Vilela Filho se reuniu, durante toda esta quinta-feira (1º), com secretários de Estado para discutir os programas que serão inseridos no Projeto de Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva do Estado de Alagoas (Prepi). Teotonio Vilela definiu os programas que serão contemplados pelo empréstimo do Banco Mundial na perspectiva de desenvolver ações voltadas para a diminuição da pobreza.
Para atender às situações de extrema vulnerabilidade em Alagoas, o Governo vai investir nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, inclusão produtiva e segurança pública. De acordo com Teotonio Vilela, as ações ocorrerão em até três anos, mas com o intuito de terem continuidade.
Durante a reunião, o governador discutiu os programas da Educação com o secretário da pasta, Adriano Soares. O projeto vai contemplar o Programa de Expansão e Melhoria na Educação Básica. Para o governador, é necessário atender o aluno em tempo integral promovendo, assim, uma mudança no sistema de educação. Neste sentindo, o Prepi vai beneficiar 10 mil alunos nas regiões mais vulneráveis - ofertando serviços diversos nas escolas, como aulas de música, esporte e reforço escolar, entre outros.
“É uma forma de o aluno ser atendido de forma permanente, de mantê-lo na escola. Além disso, vamos acompanhar o desenvolvimento de cada um”, argumentou Teotonio Vilela Filho, se referindo também à informatização de todo o sistema educacional.
Ainda na Educação, o projeto vai possibilitar a oferta de 10 mil vagas para o programa de Aceleração da Aprendizagem no Ensino Médio, assim como a readequação de 15 Centros de Educação Continuada para jovens e adultos (EJAs) e o programa de apoio aos municípios para ampliação da oferta do ensino infantil, que visa eliminar a carência de vagas no interior do Estado.
Na reunião, Adriano Soares destacou alguns avanços da Educação, como a reforma das escolas que já estão com obras em andamento e têm conclusão prevista para o final de ano e o acréscimo de 11 mil novas matrículas realizadas em 2011. Já em 2012, somente em Maceió, foram feitas 3.700 novas matrículas. “Neste ano, vamos construir mais cinco escolas de Ensino Médio em Alagoas para atender a essa demanda crescente”, disse Soares.
No segmento da Saúde, será prioridade a parte estruturante de Atenção Básica e ampliação da assistência à gestante de alto risco. Os recursos do Banco Mundial serão utilizados para modernizar os centros diagnósticos de suporte à assistência materno-infantil por meio de reforma, ampliação de unidades e aquisição de equipamentos.
Serão implantados, em Santana do Ipanema e em Arapiraca, leitos de UTI materna, neonatal, UTI geral e equipamento de suporte de assistência materno-infantil. O recurso também será utilizado para a aquisição de equipamentos para as Unidades Básicas de Saúde já existente, bem como a informatização da Saúde com o lançamento do prontuário eletrônico.
O Prepi vai atender a Assistência Social com a reforma e aquisição de equipamentos básicos dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência de Assistência Social (Cras). De acordo com o secretário da pasta, Marcelo Palmeira, o recurso também servirá para melhorar a gestão estadual da proteção social nos municípios e ampliar a educação em segurança alimentar e nutrição. Junto com a Assistência Social, a secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos vai trabalhar na elaboração de rotas de atenção às mulheres e crianças sujeitas à violência ou a violação dos direitos.
O governador também se reuniu com o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, quando discutiu ações para fixar o homem no campo por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural com a oferta de 350 bolsas. “Queremos dar condições de trabalho aos pequenos agricultores”, frisou Teotonio.
A pasta do Trabalho, Emprego e Qualificação também vai trabalhar com o Programa Qualifica Alagoas, ofertando cursos de 200 a 800 horas/aula para 20 mil jovens trabalhadores, incluído os concluintes do Ensino para Jovens Adultos (EJA). Também será ampliada a oferta de cursos de capacitação profissional e inclusão produtiva - aqueles de até 100 horas/aula.
Ainda nesta área, os recursos serão úteis para auxiliar no observatório do mercado de trabalho. “É uma forma de acompanharmos os indicadores de emprego e desemprego. Já contamos com a parceria da Ufal [Universidade Federal de Alagoas] para essa ideia”, explicou o secretário da pasta, Alberto Sextafeira.