Parques do Terror e dos Insensíveis

01/03/2012 03:55 - Welton Roberto
Por Welton Roberto

O caso da adolescente Gabriela Nichimura, morta em um acidente no talvez maior parque de diversões do Brasil – o Hopi Hari, na região metropolitana de São Paulo – lança um alerta para todo o país.

E também para Maceió e para as cidades do interior.

Quem fiscaliza os parquinhos de bairro?

Quem fiscaliza os parques de shopping?

Quem fiscaliza os parques de casas de festas?

Com a resposta, as autoridades locais, municipais e estaduais.

Sim, porque colocamos nossas crianças, a título de diversão, nestes equipamentos.

E, especialmente em Maceió, eles se multiplicaram nos últimos tempos.

Recentemente, também em São Paulo, uma advogada morreu dentro de um salão de festas. Como? Estava brincando em um destes brinquedos quando o mesmo despencou, ferindo-a mortalmente.

Esta aí um tema julgado “pequeno”, mas que merece maior atenção. Até porque levamos nossos filhos nestes espaços de diversão como forma de celebração da vida, de congraçamento, de festa e de alegria.

Do mais rico, ao mais pobre, a fantasia infantil conduz ao parque com brinquedos que prometem emoções e sorrisos. Da entrada de 1 real ao “passaporte” da alegria mais caro, pagamos para ver nossas crianças se divertirem.

E é mortal para qualquer pai ou mãe ver seus filhos em risco.

Além disso, outras questões precisam de resposta:

Em nossos parques de diversão e nos brinquedos de salões de festas, há seguro de vida, de acidentes ou de outros tipos de dolo para quem neles adentra e se diverte?

Nestes ambientes, os operadores são treinados devidamente, sabem operar os brinquedos para além de apertar botões, estão preparados para casos de emergência?

Lamento, mas aposto que esta é mais uma área de sombra que paira sobre a cidadania de nossos fragilizados direitos do consumidor.

Este tema não é menor. Não se iludam.

O choro da mãe e do pai de Gabriela me comoveu.

Nunca, jamais, em hipótese alguma sintamos esta dor sem fim.

Sentimentos alagoanos para a família nipo-brasileira enlutada.

E que justiça seja feita, caso o parque seja culpado.

Parque que, registre-se, no dia do enterro da menina Gabriela continuou aberto, com o cinismo indecente dos insensíveis.

E dos calculistas.

 

 

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