Messi como Messi: craque decide, e Argentina vence a Suíça em amistoso

29/02/2012 18:20 - Futebol
Por Redação
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O Lionel Messi que todos os argentinos sonhavam apareceu. Melhor do mundo nos últimos três anos pelo que fez mais com a camisa do Barcelona, o craque enfim teve uma grande exibição pela sua seleção. Com três gols do camisa 10, sendo dois deles belíssimos - o outro foi de pênalti -, a Argentina derrotou a Suíça, por 3 a 1, no Estádio Wankdorf, em Berna, e estreou em 2012 com o pé-esquerdo de seu grande nome.

O meia-atacante Xherdan Shaqiri, uma das promessas do Basel, sensação das oitavas de final da Liga dos Campeões, e da seleção que irá disputar as próximas Olimpíadas de Londres, descontou para os donos da casa. Aos 20 anos, o jogador já foi negociado com o Bayern de Munique, para onde irá na abertura do próximo mercado de transferências.

Messi, desta forma, também contraria sua própria média de gols na seleção. Foi a primeira vez em toda a sua carreira, desde 2006, que atingiu o hat-trick (três gols em um só jogo) defendendo sua pátria. Agora são 24 em 73 confrontos (0,32), contra 223 tentos em 310 jogos pelo Barcelona (0,71). Ele está a 12 gols de se igualar a César como o maior artilheiro do clube catalão, fato que deve ocorrer ainda nesta temporada, antes de completar 25 anos.

A Argentina voltará a campo no próximo dia 2, contra o Equador, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014. Uma semana depois o adversário será o Brasil de Mano Menezes, em amistoso disputado em Nova Jersey. Fora da Eurocopa, a Suíça também jogará amistosos, no fim de maio, contra Alemanha e Romênia.

Messi como Messi

O técnico Alejandro Sabella já havia avisado na véspera: os argentinos são muito passionais. Este seria o grande motivo para o que considerava exagero nas críticas a Lionel Messi. Com a bola e a camisa da seleção, o melhor do mundo respondeu. Se não tinha Xavi e Iniesta no mesmo time, contava com Agüero para dar um toque de brilho em um time ainda com carência técnica.

Foi graças ao talento da dupla que os hermanos foram para o intervalo com a vitória. O golaço saiu aos 19 minutos, em lance que Messi arrancou e tabelou com Agüero antes de concluir no canto. Detalhe: o atacante do Manchester City devolveu o passe de calcanhar.

A Argentina já havia assustado antes. Aos 5, em falta cobrada por Messi, e aos 15, com Maxi Rodríguez. A Suíça, por sua vez, só foi acordar depois de um outro lance de perigo dos visitantes, aos 30, novamente com o artilheiro do Barcelona.

Com as promessas do Basel liderando o time e chamando a responsabilidade, os suíços partiram para cima. Aos 37, Rodríguez chutou cruzado e viu a bola passar perto. Quatro minutos depois foi a vez de Xhaka, em boa trama com Shaqiri e Mehmedi, finalizar de primeira para fora.

Suíça empata com promessa

A pequena pressão se transformou em gol no início da segunda etapa. Aos quatro, Xhaka fez boa jogada pela esquerda e cruzou forte. Derdiyok, que havia entrado no intervalo, furou de forma bisonha. Ao menos a bola sobrou limpa para Shaqiri fuzilar o gol de Romero.

Os donos da casa incomodavam principalmente na base da velocidade. Em novo contra-ataque, aos 10, Derdiyok voltou a vacilar após cruzamento de Lichtsteiner. A Argentina também mostrou não estar morta e, apesar da queda de ritmo de Messi, quase marcou em duas oportunidades. Aos 29, Agüero aproveitou bate e rebate na grande área e chutou de bico. Woelfli fez grande defesa. Na cobrança de escanteio o próprio centroavante desviou de cabeça e viu a bola passar rente ao travessão.

Messi decide

Era Messi, no entanto, quem chamava a partida. Ele se consagraria mais uma vez aos 43 minutos, aproveitando falha de Affolter na saída de bola. O craque recebeu, driblou Senderos com facilidade e encobriu o goleiro Woelfli. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.

O camisa 10 chegaria ao hat-trick nos acréscimos, mas desta vez praticamente sem esforço. No último lance do jogo, aos 47, Affolter cometeu pênalti em Higuaín. Messi se encarregou da cobrança e balançou as redes. Uma atuação para calar quaisquer críticos.

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