Ex-atleticano vira ídolo no Peñarol e evoca tradição na Libertadores

16/02/2012 18:48 - Futebol
Por Redação
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Um jovem mineiro de Ipatinga deve estar em campo nesta quinta-feira, na argentina Mendoza, em duelo que abre as participações de Godoy Cruz e Peñarol na Copa Libertadores 2012. João Pedro Geraldino dos Santos Galvão, mais conhecido como João Pedro, 19 anos, é uma das armas do uruguaio e atual vice-campeão da Libertadores na luta pelo sexto título continental.

Revelado no Atlético-MG e campeão Sul-Americano Sub-17 com a Seleção Brasileira em 2009, João se encaixa no perfil de jovem promessa que deixa o País muito cedo para atuar na Europa e não encontra o espaço. Curioso é vê-lo em ação com o uruguaio Peñarol, dono de uma das mais vibrantes torcidas da América do Sul.

"O convite foi mesmo uma surpresa para mim", conta João Pedro ao Terra. Foi o desempenho com o Brasil que cavou a chance. "O treinador Diego Aguirre (vice da Libertadores 2011) me conhecia das seleções de base e quando soube que eu não era utilizado no Palermo, tentou a contratação e aconteceu. Vim pela experiência de Libertadores e porque é um clube excepcional".

No Uruguai, a sorte muda de lado

De tão cru que chegou a Montevidéu, João não tinha gol como profissional. Promovido por Vanderlei Luxemburgo em 2010, deixou o Atlético-MG depois de 13 partidas. Passou rapidamente pelo Palermo e pelo Vitória de Guimarães, mas não marcou. No Peñarol, passou a jogar perto do ataque e se redescobriu. Com 15 partidas, já tem sete gols e cinco assistências.

"O Aguirre tiha o pensamento de me colocar como volante, mas ele foi para o Catar e agora fui para o meio, na armação. Mas continuo sendo curinga (risos)", diz João. Na Sub-17 e no Atlético-MG, jogou em todas as posições do meio até no ataque. "Assim fui titular no Apertura todo (2011), mas agora estou no banco porque voltaram alguns jogadores importantes". Contra o Caracas, marcou na primeira fase da Libertadores e ratificou a boa fase.

Emprestado até o fim do semestre, João vive coisas novas desde praticamente sua chegada. "Me receberam muito bem, com festa no aeroporto. Foi uma surpresa grande. Ser pentacampeão da Libertadores não é para qualquer um", define, em lua de mel com os torcedores chamados de carboneros. O Peñarol surgiu em bairro recheado de trens movidos a carvão, o que explica o apelido clássico.

"É um paixão sem fim e em qualquer jogo estão sempre ali, ajudando, apoiando. Tem sido uma grande experiência", define João Pedro, com data marcada para voltar à Sicília, no Palermo, para o segundo semestre. "Se vencermos a Libertadores, posso até ficar", afirma. A julgar pela tradição do Peñarol, é uma possibilidade bastante razoável.

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