A fim de combater o tráfico de pessoas, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH) se reuniu com representantes de instituições governamentais e não governamentais para discutir a implantação do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP). O encontro aconteceu nesta terça-feira (14), no gabinete da secretaria.
Para a secretária da Mulher, Katia Born, este é o primeiro encontro de mobilização. “Esta é apenas primeira reunião para que as pessoas entendam a necessidade do comitê como uma questão de Estado e não de governo. Vamos realizar ações conjuntas para combater o tráfico de pessoas em todas as esferas”, explicou.
O tráfico de pessoas é considerado crime mesmo que a vítima compactue com a operação. As vítimas brasileiras, em sua maioria, são de classes socioeconômicas desfavorecidas e já tiveram passagem pela prostituição. Outra característica das vítimas é idade entre 16 e 25 anos, além da baixa escolaridade. A criação do NETP vai desenvolver uma rede para combater o problema.
Todos os anos, milhares de vítimas são enganadas na ilusão de mudar de vida e realizar sonhos. O papel do NETP é articular, prevenir, reprimir e dar assistência às vítimas deste crime. A formação de parceria permite que o crime seja combatido e as vítimas assistencializadas. “Nossa proposta é trabalhar de forma educativa para conscientizar a população a agir diretamente no tratamento psicológico das vítimas”, informou o representante do Cesmac, Franklin Bezerra.
A secretária Katia Born salientou ainda a importância de um mapeamento estadual dos casos de tráfico de pessoas. “Vamos mapear, procurar nos envolvermos em cada município para agir de forma eficaz e combater o crime”, disse.
A coordenadora do Núcleo da Mulher e Cidadania da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Elvira Barreto, garantiu auxiliar nesta atividade. “Vamos contribuir com este mapeamento e no processo de sensibilização das pessoas, porque a sociedade alagoana ainda não acredita que ocorrem casos de tráfico de pessoas no Estado”, falou.