Familiares pedem revisão nas obras de duplicação da AL-220

14/02/2012 06:21 - Interior
Por Redação
Image

Uma manifestação pacífica tomou conta das ruas de Arapiraca na manhã desta terça-feira (14). Um grupo de familiares e amigos da servidora pública Josefa Bastos da Silva, que morreu atropelada após deixar a Unidade de Emergência do Agreste (UEA), às margens da rodovia AL-220, que passa por uma reforma, fizeram uma caminhada silenciosa do centro administrativo até a unidade hospitalar, ás margens da rorovida, para protestar contra a obra e a violência no trânsito.

Todos vestidos de branco, carregando faixas de protesto e pedido paz no trânsito e a paralisação da obra de duplicação na rodovia AL-220, que mesmo em andamento, encontra-se parcialmente aberta para os veículos, causando grande perigo para os pedestres.

A sobrinha da vítima e jornalista Patrícia Bastos, falou sobre o manifesto e a intenção dos familiares e amigos. “Não queremos de forma nenhuma tumultuar a movimentação na cidade. Esse é um protesto pacífico, pedindo que as autoridades atentem para este perigo, que não venha a vitimar mais pessoas, como foi o caso da minha tia”, disse.

O CadaMinuto apurou que o Ministério Público Estadual (MPE) a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Arapiraca irão protocolar um pedido de paralisação da obra e que a rodovia só seja liberada quando o serviço estiver finalizado.

Como se trata de uma rodovia estadual, o município não se posicionou sobre o caso, mas a família, amigos e algumas autoridades pediram que a prefeitura se envolva no caso, para que uma atitude sobre as obras seja tomada o quanto antes.

O CASO

A falta de sinalização e de uma passarela na duplicação da rodovia AL 220 fez mais uma vítima fatal na noite do dia 9 de fevereiro. A servidora da Unidade de Emergência do Agreste (UEA) e da prefeitura municipal de Arapiraca, ambas na área de saúde, Josefa Bastos da Silva morreu após ser atingida e arremessada por um Carro Guincho, em frente a Unidade de Emergência do Agreste.

Zefinha, como era conhecida, trabalhava na Secretaria Municipal de Saúde e também na parte administrativa da UE. Por volta das 18h, após mais um expediente de trabalho, ela resolveu atravessar a rodovia até onde seu marido o aguardava em um carro. Passou a primeira faixa, mas quando passou pela segunda foi atingida pelo automóvel que a jogou distante do local da batida.

Enquanto o motorista do Guincho fugia sem prestar socorro, o marido, também funcionário público, vendo a cena correu para o local onde a esposa se encontrava, a colocou nos braços e entrou correndo dentro da Unidade de Emergência. Zefinha chegou a ser atendida, mas não resistiu e morreu.

Your alt text
Your alt text

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..