Pinto da Madrugada deve levar 160 mil às ruas

10/02/2012 12:36 - Maceió
Por Redação
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Ele é filho de um dos maiores blocos de frevo do mundo, mas nem por isso ficou à sombra do pai. Com 12 anos de existência e estrutura de gente grande, hoje o Pinto da Madrugada move multidões nas prévias carnavalescas de Maceió. Uma das agremiações mais importantes da festa de momo na capital alagoana, o bloco sai às ruas neste sábado (11).

Para acompanhar a trupe, entretanto, é preciso não só animação, mas também resistência: a concentração começa às 6h, em frente ao Hotel Enseada, na Praia de Pajuçara, e, a partir das 8h30, a “marcha” de foliões segue até a curva do antigo Clube Alagoinha. Mais de 600 músicos, divididos em 15 orquestras, foram convocados para embalar a brincadeira.

Segundo um dos fundadores do bloco, Hermann Braga Lyra, todos eles estarão tocando o mais genuíno frevo. “Nosso Carnaval é o de modelo antigo, de rua. Não tem trio; todas as orquestras estarão no chão. Também não temos abadá ou outros ritmos”, diz ele, ressaltando que o kit do Pinto da Madrugada, composto de camiseta e boné, custa R$ 35 e está à venda na Mister Frios.

Ele acrescenta, no entanto, que a festa é aberta a quem estiver disposto a participar da brincadeira. “O bloco é aberto, livre e democrático. A camiseta é uma opção para ajudar o bloco, mas ela não é obrigatória. Quem quiser comprar, é opcional. Este ano, tanto a camiseta quanto o boné são estampados com uma caricatura de Marcial Lima”, destaca.

A referência a Marcial é uma homenagem ao ex-secretário de Cultura de Maceió e também fundador do bloco, falecido em setembro. “A falta dele é irreparável, mas ele estará conosco lá de cima ajudando a tocar o barco. Para prestigiá-lo, tudo no bloco será em referência a ele e temos inclusive uma surpresa preparada para o público”, acrescenta Hermann.

Cerca de 160 mil pessoas devem acompanhar a festa – bem diferente dos 100 foliões que seguiram o primeiro desfile, ainda no ano 2000. Além de Braga Lyra, o bloco é comandado também por Eduardo Lyra e Marcos Davi. Os amigos não imaginavam, no entanto, que em pouco tempo a ideia se transformaria num dos maiores e mais importantes blocos de Carnaval de Alagoas.

Para Braga Lyra, o sucesso da agremiação é ainda mais significativo devido ao fato de ter conseguido recuperar o Carnaval de rua em Maceió. “Tivemos uma geração que não conheceu o frevo, que só foi recuperado depois do Pinto. Agora estamos fazendo um trabalho com as nossas crianças para que isso não aconteça de novo”, acrescenta.
 

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