O presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública, Paulo Breda, se mostrou surpreso com uma foto divulgada nas redes sociais. A imagem mostra o prefeito afasto de Traipu, Marcos Santos (PTB) em uma celebração natalina com seus familiares dentro da Casa de Custódia, localizada no bairro do Farol, em Maceió, onde o político está preso há três meses por improbidade administrativa.
Em entrevista ao CadaMinuto, Breda garantiu que não sabia da determinação e que vai apurar o caso. “Vamos apurar para saber se realmente a decisão foi legal. Porque se foi um pedido solicitado pela família e a Justiça atendeu, é legal. Mas imagine se todos os presos também fossem receber suas famílias, acredito que não há estrutura necessária. Mas, se a Justiça determinasse, teria que arrumar um jeito para atender a todos”, afirmou Brêda.
A foto foi publicada pelo filho do prefeito mostra além de seus familiares, o ex-deputado federal Francisco Tenório, preso há quase um ano, acusado ter assassinado o Cabo Gonçalves em 1996.
Conforme a assessoria da Polícia Civil, a família de Marcos Santos, havia solicitado na Justiça o direito de passar o Natal com ele. As visitas que no dia se enceram às 18horas, para a família do prefeito foi até as 21horas.
Como a solicitação foi apenas individual, o pedido não se estendeu aos demais presos. Ainda segundo a assessoria, um policial ficou responsável para garantir que todos os familiares cumprissem o determinado.
Prefeito
O prefeito de Traipu, Marcos Santos (PTB), apresentou-se à Polícia Civil na manhã do dia 22 de novembro, após o Tribunal de Justiça ter determinado a prisão preventiva quatro dias antes. O político é acusado de improbidade administrativa e vai responder por oito crimes.
Marcos Santos foi levado para Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro do Farol, onde aguarda decisão judicial. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Estadual e decretada pelo desembargador Sebastião Costa Filho.
Ex- deputado
Francisco Tenório está preso desde fevereiro do ano passado na Casa de Custódia. A prisão ocorreu em Brasília no dia 02 de fevereiro por determinação das 7ª e 17ª Varas Criminais da Capital, atendendo um requerimento do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual. Tenório é acusado de ter assassinato o Cabo Gonçalves, em 1996, em um posto de combustíveis na Avenida Menino Marcelo, bairro da Serraria, em Maceió.
A defesa de Tenório, por três vezes, tentou conseguir a liberdade do parlamentar, mas os habeas corpus foram negados. Os dois primeiros foram impetrados no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e negados pela Câmara Criminal do órgão. Já no início do mês de maio, a negativa veio do Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, onde o HC havia sido impetrado.