Após quase um mês da morte do modelo Erick Ferraz, uma reviravolta tomou conta do caso: Segundo o laudo do Instituto de Criminalística (IC) apresentando na manhã desta quarta-feira (25), as armas apreendidas pela Polícia Civil, não são compatíveis com os projéteis retirados do corpo do modelo.

Participaram da coletiva a Diretora do IC Rosana Coutinho e o Perito Criminal Ângelo Lima, responsável pelo exame que confrontou os projeteis encontrados no corpo da vítima com a arma apreendida com o policial suspeito de participação do crime.

Conforme o perito as armas não são compatíveis com as balas encontradas no corpo do modelo. “Não há dúvidas. Foi utilizada apenas uma arma, no caso uma pistola calibre 38, mas nenhuma das armas apreendidas são compatíveis”, afirmou o Ângelo.

O delegado responsável pelo caso, Belmiro Cavalcante, não estava na coletiva, porém, seu representante disse que ele será comunicado para tomar as medidas necessárias.

O pai do modelo, Edglenes dos Santos, ficou inconformado e pediu providências à Polícia. “Eu quero que a justiça seja feita. Tem várias testemunhas que viram o Judarley atirando no meu filho e até agora ele continua solto. Quem perdeu nessa história foi eu e minha família”, frisou Edglenes.

DETIDOS

Apesar do principal suspeito, Judarley Oliveira continuar foragido, a polícia já conseguiu prender dois envolvidos no crime. O primeiro, Jaysley Leite de Oliveira, irmão de Judarley, está preso acusado de participação no crime.


Outro que também foi preso, o caseiro da residência da família dos envolvidos, João Alfredo Santos Silva, está detido na delegacia de Viçosa e durante a madrugada do dia 05 de janeiro, foi espancado pelos companheiros de cela.

O CRIME

O modelo Erick Ferraz foi assassinado na madrugada do último dia 01, durante uma festa de Reveillon em Viçosa. Testemunhas contaram que o modelo teria ido tomar satisfações com Judarley, uma vez que o mesmo teria ‘paquerado’ a sua namorada.

Quando deu às costas, o modelo foi alvejado por três disparos de arma de fogo e não resistiu aos ferimentos. Além de trabalhar como modelo, Erick Ferraz era pré-candidato a uma vaga na Câmara de Vereadores de Marechal Deodoro.

Erick era membro de uma tradicional família deodorense. Seu pai é presidente do Bloco Nação Rubro Negra.