Após duas horas de explanação do procurador Rodrigo Tenório, o advogado de defesa da família e assistente de acusação, José Fragoso, iniciou suas alegações afirmando que o processo "grita" o nome do Talvane Albuquerque como culpado. Segundo ele, em 14 anos atuando na advocacia, numa viu um caso onde existem tantas provas concretas que apontam a autoria intelectual do homicídio que chocou a história alagoana, classificando como um episódio sangrento.
“Não fico comovido com o choro de José Alexandre (o Zé Piaba). Já que não tem participação no crime, porque não explica a quem entregou o aparelho celular. Ele não tem como fazer isto porque era ele quem estava na cena do crime. O que os criminosos não contavam era que a polícia conseguiria rastrear os celulares utilizados para que os envolvidos no crime se comunicassem”, questionou Fragoso.
José Fragoso reforçou a fala de Rodrigo Tenório apresentando a localização exata dos supostos criminosos (réus) antes do assassinato, que foi baseada no rastreamento de ligações telefônicas, o que comprovam a emboscada armada pelos pistoleiros.
"Ás 16h37, começa o desenrolar do crime ao sair da Ponta Verde e se dirigir para a Jatiúca. Às 16h39, quando Talvane, em Arapiraca, ligou para Mendonça que estava no Jacintinho. Às 18h34, saem para o Farol e ficam rondando par ver quais seriam as saídas para a fuga. Às 19h21, Talvane liga, de Brasília, para Mendonça que estava no conjunto Salvador Lyra durante a fuga", esmiúça Fragoso. Todo o trajeto foi destacado numa animação. A morte de Ceci Cunha ocorreu às 19h40.
Voltado para os jurados, Fragoso continua falando como se deu o assassinato da deputada e dos outros familiares. “José Alexandre e Jadielson entraram para matar Ceci Cunha. Alésio esperou fora de casa no Uno verde e Mendonça esperou no carro Santana para dar cobertura aos assassinos”.
Fragoso continua detalhando que as ligações sempre partiram de Arapiraca. "Não a dúvida de que Talvane Albuquerque é o coordenador desse crime", expôs, finalizando as duas horas e cinqüenta e cinco minutos, tempo utilizado pela promotoria.