Por volta das 11h30, o advogado Welton Roberto, que atua na defesa dos acusados de assassinar a deputada federal Ceci Cunha e seus familiares, iniciou suas alegações para tentar evitar a condenação dos réus. Welton Roberto expôs que os verdadeiros assassinos são Robson Rui, Fininho, Walter Santana e Sinval que mataram a deputada a mando do ex-governador Manoel Gomes de Barros, o Mano.

A defesa de Talvane disse que provas levadas ao Ministério Público foram influenciadas pela polícia e que as investigações foram focadas exclusivamente em seu cliente. Ainda segundo ele, Chapéu de Couro criou ‘estórias’ para colocar Talvane e Augusto Farias como criminosos. “As investigações foram pautadas pelas declarações de um pistoleiro”.

O advogado mostrou depoimento de Robson Rui que aponta autores de diversos crimes. Entre eles, o da Ceci Cunha que teria como mandante, Manoel Gomes de Barros. Ainda segundo Rui, o valor da chacina foi de R$ 300 mil. Advogado diz que não houve sequer uma diligência que investigasse a participação do ex-governador. “Forças políticas dominaram construção de todo inquérito”, garantiu Welton Roberto.

O advogado continua expondo que Danilo e Valmir foram presos um dia depois do crime. Welton diz que não pode desprezar nenhuma linha de investigação com há um crime dessa natureza.

Welton decide falar sobre as testemunhas que estavam no dia do crime. Welton diz que não acha que a Claudinete Maranhão se equivocou porque só havia na cena do crime ela. O advogado afiram que esqueceram de perguntar a outra testemunha, o jardineiro Valmir, que ouviu um barulho no momento do crime. Valmir disse que viu um veículo Uno em fuga que quase o atropelou.

Sobre o pistoleiro "Chapéu de Couro". Welton diz que a promotoria esqueceu de falar que o soldado Farias, que está morto, não era reconhecido como um militar indisciplinado. O Chapéu de Couro criou a história para ganhar dinheiro, antes queria R$ 200 mil e depois R$ 300 mil.

A defesa também disse que o ex-deputado Talvane Albuquerque não precisava matar a ex-deputada para ganhar imunidade parlamentar. "Grampearam as ligações de todos os acusados e ninguém conseguiu provar que teve pagamento de até R$ 300 mil", diz Roberto.

O advogado mostrou que o jardineiro Valmir que também estava na cena do crime alegou que reconheceu Chapéu de Couro ao invés dos cinco réus que estão sendo acusados pelo assassinato de Ceci Cunha. "Caso haja condenação serão cinco vidas indicadas a prisão perpétua. Esse processo é repleto de mentiras", atenta Welton.