Cooperativa pede agilidade do MP sobre "máfia" na licitação

17/01/2012 12:09 - Maceió
Por Redação
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Uma ação sobre um suposto esquema fraudulento na licitação realizada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) na categoria complementar (vans), no interior do Estado, está parada na promotoria do Ministério Público Estadual (MPE/AL), segundo o presidente da Cooperativa de Transporte Complementar Intermunicipal de Passageiros de Alagoas (Coopervan), Marcondes Prudente.

Prudente informou à reportagem do CadaMinuto que as denúncias foram distribuídas para o promotor Jamil Barbosa, que está em período de férias e só retorna ao trabalho em fevereiro. “Hoje foi aberto outro envelope com o nome de pessoas que não estavam habilitadas para participar da licitação. Nós precisamos com urgência que o Ministério Público indique outro promotor para dar andamento às investigações sobre essa manobra que existe dentro da Arsal para as pessoas ganharem a licitação”, afirmou Prudente, acrescentado que nesta manhã esteve reunido com o promotor Sidrack Nascimento.

Segundo o presidente, os documentos apresentados ao MP comprovam que foi cobrado um valor de R$ 400 para que os interessados participassem da licitação. Ele destacou ainda que as pessoas envolvidas na "máfia da faixa", que cobrava de R$ 5 a R$ 10 mil para “autorizar” as vans a fazerem o transporte intermunicipal, também têm ligação com uma fraude nessa licitação.

Durante a licitação, a Arsal ofereceu 1.363 vagas, distribuídas em 167 linhas em todo o Estado. A Coopervan, que conta hoje com 700 cooperados, continuou impedida de participar da licitação, após o desembargador Pedro Augusto Mendonça da Araújo, da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) negar um pedido de retificação no edital.

“Tem pessoas que nunca trabalhoaram no setor de transporte de van aqui no estado que ganharam a licitação. Não é justo que motorista que trabalham há mais de 20 anos nesse ramo, que não quis entrar só na licitação fique de fora”, disse Prudente, afirmando que o estado violou a lei federal 12349/2010, que determina que as cooperativas de transportes devem participar das licitações.

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