Homem é preso com suposto chifre de rinoceronte no Zimbábue

16/01/2012 15:57 - Brasil/Mundo
Por Redação

Um funcionário do governo do Zimbábue, preso na última sexta-feira (13) sob suspeita de portar um chifre de rinoceronte, cujo comércio é proibido no país, foi libertado nesta segunda-feira (16) após a constatação de que a peça era proveniente de um bovino.

Segundo informações do jornal "News Day", da capital Harare, o diretor de Recursos Humanos do Ministério de Minas foi detido após a polícia encontrar com ele uma suposta peça proveniente de rinoceronte, o que é proibido no Zimbábue. Após análise do marfim, ficou comprovado que o chifre era de uma vaca.

A população de rinocerontes no país e na África do Sul tem sido dizimada devido à caça desses animais para extração do chifre, adquirido principalmente pelo mercado asiático.

O chifre de rinoceronte moído aparece há séculos nas receitas da medicina chinesa, para o combate a males como reumatismo, gota, febre e até possessão por espíritos malignos. Nos últimos anos, o material ganhou também a reputação de ser afrodisíaco e anticâncer.

Crime
Um número recorde de rinocerontes foi caçado em 2011 na África do Sul, país que tem a maior população mundial desse animal, num reflexo da crescente demanda asiática por seus chifres.

Pelo menos 443 rinocerontes foram mortos, 110 a mais do que em 2010, segundo conservacionistas e autoridades dos parques nacionais sul-africanos, onde vivem mais de 20 mil animais.

O valor de mercado dos chifres de rinoceronte disparou para cerca de US$ 65 mil por quilo, o que torna esse produto mais valioso que o ouro, a platina e, em muitos casos, a cocaína.

Há uma década, apenas cerca de 15 animais morriam por ano. Mas por volta de 2007 a caça passou a aumentar drasticamente, por causa do aumento do poder de compra de parte das populações de países como Vietnã e Tailândia.

Agora, o número de espécimes abatidos legal ou ilegalmente chegou a um ponto que ameaça levar ao declínio populacional, segundo estudo realizado pelo especialista Richar Emslie.

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