Júri do caso Ceci Cunha será transmitido por site e rádios nesta segunda

13/01/2012 11:27 - Maceió
Por Redação

A Justiça Federal em Alagoas (JFAL) realiza na próxima segunda-feira, 16 de janeiro, a partir das 9 horas, o júri popular que irá julgar os acusados pela morte da médica e deputada federal Ceci Cunha, de seu marido e de mais dois parentes, caso que ficou conhecido como “chacina da Gruta”, em 16 de dezembro de 1998. Para que as pessoas possam acompanhar o evento sem precisar se deslocar até a sede da JFAL, sites locais de notícias e o próprio site da Justiça Federal vão transmitir pela internet. em tempo real. Para isso, basta acessar: www.jfal.jus.br/julgamento, ou sites de notícias como; cadaminuto.com.br; sessaopublica.com.br e tudonahora.com.br.

As Rádios Educativa e Difusora de Alagoas também estarão transmitindo ao vivo, do auditório da JFAL, inclusive para a cidade de Arapiraca.

O extenso processo com vários recursos interpostos, além de discussões acerca da definição da competência processual, se seria da Justiça Estadual ou da Justiça Federal, resultou na demora para o julgamento do caso, que tramita há 13 anos. A demora na tramitação levou o processo a ser incluído no Programa Justiça Plena, do Conselho Nacional de Justiça e sob a responsabilidade da Corregedoria Nacional de Justiça, o qual tem a finalidade de monitorar o andamento de processos de grande repercussão social. São 30 volumes de processos e 13 apensos.

Segundo informações obtidas junto à 1ª vara federal, os preparativos para o Tribunal do Júri estão sendo finalizados, com total empenho de servidores da JFAL, sob a presidência do juiz federal André Luís Maia Tobias Granja. A acusação feita pelo Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL) terá como representante o procurador da República, Gino Sérvio Malta Lobo. A defesa contará com seis advogados.

São réus no processo o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros Silva.

O crime

Na noite do dia 16 de dezembro de 1998, horas depois de ser diplomada deputada federal pelo PSDB de Alagoas, a médica Ceci Cunha estava na casa do cunhado Iran Carlos Maranhão, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió, em companhia do marido, Juvenal Cunha, e da mãe de Iran, Ítala Maranhão, onde comemoraria a eleição, quando foi morta a tiros por pistoleiros. As outras três pessoas também foram assassinadas. Ceci Cunha foi atingida na nuca e morreu instantaneamente.

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal, o então deputado Talvane Albuquerque, na época filiado ao PTN e suplente de Ceci na Câmara, foi apontado como mandante do crime. Na interpretação do MPF, ele queria o cargo e a imunidade parlamentar que dele adviria.

 

Os assessores e seguranças de Albuquerque, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva, foram apontados pelo MPF como executores. A defesa dos acusados nega a autoria do crime.

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