O governo tucano de Teotonio Vilela Filho tem uma relação – nas palavras do próprio Vilela e do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) – extremamente republicana, apesar das divergências partidárias e das lutas maniqueístas envolvendo petistas e membros do PSDB no campo nacional. Aqui em Alagoas, por exemplo, o PT local é tão tímido nas críticas, que esta lacuna tem sido ocupada por dirigentes do PSOL.

Mas, é a relação republicana que permite ao governador Teotonio Vilela Filho os pedidos de socorro, sobretudo quando o assunto é segurança pública. O tema é um dos mais críticos do governo do Estado, que tem dificuldade de dar resposta aos clamores da sociedade e aos próprios números da violência em si. O crescimento da criminalidade é algo em Alagoas – é bem verdade – que não é culpa apenas do atual governo.

Temos a impunidade histórica, os índices alarmantes da gestão passada e até mesmo a falta de investimento em setores estratégicos – como políticas públicas e ações sociais – por parte das administrações municipais em um planejamento integrado. Algumas destas administrações, no interior do Estado principalmente, afundam mais os municípios do que os salvam ou dão perspectivas de melhora. O que se pode perceber nas operações federais.

Porém, não se pode – apesar de todos estes fatores – isentar o atual governo do Estado de suas culpas. Entre elas, a morosidade para tomar algumas ações. Agora, com a situação complicada das estruturas físicas das delegacias de Alagoas (o que não é novidade), com o Instituto Médico Legal deficitário (apesar do projeto de um novo IML já pronto), além de outros problemas da segurança pública, o governo do Estado parte para mais um pedido de socorro ao governo Federal.

Teotonio Vilela Filho solicitou uma audiência urgente com a presidente Dilma Rousseff (PT). Na pauta: a violência no Estado. Coincide com o momento de casos de repercussão na mídia. O que a administração estadual pede? Bem, conforme as mais recentes matérias jornalísticas, a instalação de uma base da Força Nacional em Alagoas para o Nordeste e o aumento do contingente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), isto de imediato.

O tucano quer que Alagoas seja tratada como um Rio de Janeiro. Em meio ao pedido de socorro, a indagação é se aqui no Estado os devidos responsáveis estão fazendo a tarefa de casa de forma correta...
 

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