Primeiro: a história do suposto plano para matar os deputados estaduais Maurício Tavares (PTB) e Dudu Holanda (PSD) ainda precisam ser mais aprofundada e detalhada. É certo que não há santos na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, assim como são certos os fortes indícios de ligação entre alguns parlamentares e os crimes de mando. Cícero Ferro – que foi citado nas matérias – é um dos que responde por tais crimes e se encontra hoje no mandato em função das licenças médicas que foram tiradas por Maurício Tavares e (mais recentemente) Dudu Holanda.

Ainda faltam detalhes nesta história que – evidentemente – aparecerão aos poucos, revelando o que é verdade e o que é exagero (se este houver). Mas, Dudu Holanda – que confirmou o contato com as forças policiais para tratar do plano de morte do qual seria a vítima – após o fato repensa se deve ou não voltar ao parlamento (ou seja: rever sua licença médica). A entrevista foi concedida ao Repórter Alagoas em texto do jornalista Odilon Rios.

Lembram da licença médica? Aquela licença que foi tirada mesmo com a Assembleia Legislativa em recesso (que é como se encontra!) e que favorece coincidentemente Cícero Ferro, que tem razões de sobra para precisar do mandato.

Com a licença de Dudu Holanda, Ferro fica na ALE por pouco mais de 120 dias. Caso Dudu Holanda volte atrás e “cancele” a licença, Cícero Ferro volta à condição de “cidadão comum”. Caso Dudu Holanda abra mão da licença médica. Seria até o caso de dizer que Dudu Holanda, após saber do plano para matá-lo, pode ter respirado novos ares que favoreceram a sua melhora de saúde a ponto de repensar a licença médica. Seria? (Claro que não! Isto é uma ironia!)

Quanto tratei do tema no blog, indaguei a necessidade da licença neste momento já que o parlamento estava em recesso. Dudu Holanda poderia iniciar o tratamento nas férias e não o concluindo, pedir a licença logo com a retomada dos trabalhos legislativos. Ferro – assim – passaria, ao menos, o recesso parlamentar sem mandato. Mas, precavido que é, o deputado do PSD quis afastar-se oficialmente. Coincidentemente (ou não), favoreceu o colega de parlamento, assim como ocorreu em épocas passadas com Maurício Tavares, ao tirar a sua licença.

Outro ponto que pode ter levado Dudu Holanda a repensar a licença médica é justamente este: “epa, estamos em recesso! Posso revogar a licença, me cuidar nas férias e pedir a licença novamente quando voltar do recesso”. Assim, Ferro fica – repito – na condição de “cidadão comum”; parece que tem gente demais torcendo por isso. Cabe agora Dudu Holanda decidir: retorna ao parlamento ou não, permanecendo assim licenciado! Ah, Ferro nega qualquer participação no plano!

Em tempo: Dudu Holanda viaja para tratamento médico. Este blog não afirma o contrário! Apenas questiona o procedimento em relação à licença, pois é uma formalidade – como dito no texto – que poderia ser evitada em função do recesso, ao menos neste momento. A ALE tem um recesso de mais de 30 dias! Isto por si só permitiria o tratamento de saúde e – na eventual necessidade – a licença médica ser tirada posteriormente. O que se questiona aqui é qual a razão do procedimento adotado não ter sido este. Quanto ao deputado, melhoras em seu tratamento de saúde!

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