Após ser inocentado, capitão da PM recupera pertences e aguarda retirada de punições

16/12/2011 08:13 - Maceió
Por Redação
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Inocentado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, reavendo pertences apreendidos após prisão sob suspeita de participação na “Chacina do Benedito Bentes”, mas ainda insatisfeito com as punições e injustiças sofridas. Assim tem sido o dia a dia do Capitão Eugênio, que compareceu na manhã desta sexta-feira (16) ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes para resolver últimas pendências do caso.

Depois de ser preso em uma operação em 2010, suspeito de participar da chacina onde quatro jovens foram assassinados misteriosamente, o Capitão Eugênio ficou recluso na Academia de Polícia por 45 dias e teve um notebook e dois pendrives apreendidos. Além do inquérito criminal, o capitão respondeu por uma Sindicância, na qual foi absolvido, sendo o inquérito trancado.

No entanto, mesmo com o acórdão nas mãos, o capitão teve mais seis dias de reclusão na academia determinado pelo Comando Geral da Polícia Militar. Na manhã desta sexta-feira, o capitão compareceu ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, onde recuperou algumas munições apreendidas na época da operação e prisão.

Este seria um dos últimos passos com relação a este caso, no entanto, o militar ainda reclama a não retirada da punição, ou seja, do decreto da segunda prisão de seis dias recluso dentro da corporação.

Segundo o capitão, a determinação de ser solto após 45 dias e o inquérito policial ser trancado foi determinação do Tribunal de Justiça, através do desembargador Orlando Manso. Mesmo assim, a punição continua mantida, desrespeitando a determinação judicial.

“Na época da operação e da prisão eu fiquei abismado com a forma que tudo foi conduzido, ainda mais comigo, que sempre mantive uma reputação ilibada dentro da corporação. Agora, essa punição sendo mantida e sujando a minha ficha dentro da PM”, disse.

A não retirada de punições acarretou na prisão do Comandante Geral da PM, Coronel Luciano Silva, no último dia 24 de novembro. A manutenção das punições aos capitães da PM Rocha Lima e o próprio Eugênio forçaram o TJ a decretar a prisão do coronel Luciano, que pagou uma fiança e foi liberado.

No entanto, os representantes jurídicos de Rocha Lima e Eugênio continuam exigindo a retirada de punições e uma nova prisão do coronel não está descartada, pelo fato do mesmo continuar desrespeitando a decisão judicial.

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