O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) confirmou, em entrevista ao CadaMinuto, que recebeu e aceitou o convite do Ministério Público de Alagoas (MPE) para repassar informações sobre a Gratificação de Dedicação Excepcional (GDE). O parlamentar denunciou que a Mesa Diretora estava distribuindo o pagamento de forma irregular.

JHC disse que sua ida ao Ministério Público ainda não tem data. “Na próxima semana o MPE vai entrar em recesso, mas estou à disposição para reforçar tudo o que coloquei nos últimos dias. Isso é fato imutável”, pontuou.

Sobre como é trabalhar na ALE hoje, pós-denúncia, o deputado afirmou que não se preocupa com possíveis retaliações dos colegas parlamentares. “O documento que entreguei e tão grave que não há espaço para rixas pessoais. É função do parlamentar trabalhar pelo povo”, declarou.

Ainda segundo o deputado, o ofício enviado à atual Mesa Diretora da ALE até agora não foi respondido. “Colocamos ponto a ponto todas as indagações, questionamentos, dúvidas e outros. Agora, basta esperar a posição oficial da Casa para analisarmos o próximo passo. Esse tempo (30 dias) é regimental e legal”, frisou.

Desde o começo de 2011, a Mesa Diretora autorizou o repasse, mas diante da suspeita de irregularidades, JHC determinou que seus funcionários não utilizassem a GDE e, logo em seguida, acionou o corpo jurídico do gabinete.

A gratificação foi suspensa em 2010 após decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e no mês de outubro desse ano, a decisão foi republicada, mas o parlamento alagoano ignorou a ordem judicial.

Diante das denúncias, o Procurador Geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares, designou o promotor Sidrack Nascimento para atuar no caso. O MPE deve convidar também o presidente da ALE, Fernando Toledo, para se explicar.