A Assembleia e o recesso providencial

16/12/2011 07:09 - Blog do Vilar
Por Redação

Providencial! Este é o adjetivo que pode ser dado ao recesso (às férias!) dos deputados estaduais alagoanos. Chegou como um presente de natal para a Mesa Diretora, quando esta era obrigada a conviver com as cobranças da opinião pública em relação às denúncias feita pelo parlamentar João Henrique Caldas (PTN), o JHC!

Tudo bem: há o questionamento sobre o fato de JHC ter esperado tanto tempo para falar sobre as danadinhas das gratificações por dedicação excepcional (GDE). Pensem numa excepcionalidade que custa os “olhos da cara”; mas não da cara dos deputados, e sim da nossa, dos contribuintes! Queremos saber (os contribuintes) se o dinheiro está sendo bem empregado. Só isso!

Mas, o fato da denúncia ter sido tardia (o que também precisa de explicação) não diminui em nada a gravidade destas e a necessidade de explicações minuciosas por parte da Mesa Diretora e porque não dizer por parte de Fernando Toledo (PSDB), já que o regime é presidencialista. Se há um deputado que anda nas nuvens, contemplando hélices e tem tanta voz – ao menos em bastidores, como informam os...próprios bastidores – quanto o presidente, é problema do presidente!

As férias da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas não podem servir de “buraco negro” que suga denúncias; e elas somem. Até o presente momento, não se viu explicações convincentes, a não ser as falas de Toledo garantindo a legalidade. Pelas mais recentes denúncias envolvendo o parlamento estadual, parece que garantir legalidade na Assembleia, é como comprar no Paraguai. Parece!

Por isto, é tão essencial a entrada do Ministério Público Estadual no caso, para que a resposta sobre o pagamento das (eu repito o nome pomposo, bonito e que dá a impressão de trabalho árduo) Gratificações por Dedicação Excepcional (GDE) surja com todos os detalhes que o caso requer.

Afinal, se não há irregularidade, não há o que temer. E aqui vão alguns dos questionamentos: por qual razão não era registrada no contracheque? Quem de fato recebia? Quais os gabinetes? Quais os critérios? Quantos funcionários?

No mínimo, diante da legalidade comprovada e da lisura da GDE, a sociedade precisa aplaudir os funcionários comissionados da ALE que são tão dedicadamente e excepcionalmente trabalhadores. Ajuda aí, né Toledo?
 

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