Registros de imagens da greve através da fotografia, poemas e músicas foram as atrações das atividades do movimento paredista dos servidores do Judiciário Federal e MPU, mescladas com as informações da movimentação do Grande Ato em Brasília. As fotografias expostas em varal registram momentos marcantes desde os primeiros dias da greve, o que inclui até a assembleia geral que deliberou pela greve que já dura há 52 dias.
Com as fotografias, os servidores puderam contemplar as mais variadas situações ocorridas nos dias de luta que vivenciaram durante todo este período em que estão em luta pela aprovação do Plano de Cargos e Salários e contra o congelamento dos seus salários, em situações distintas. Além das fotos, também fizeram parte da exposição, poemas sociais de grandes nomes da literatura brasileira e mundial, como: Jorge de Lima, João Cabral de Melo Neto, Florbela Espanca, José Saramago, Fernando Pessoa, entre outros.
Para o Grande Ato do dia14 de dezembro, o Sindjus/AL levou uma caravana com 27 servidores fortificando a movimentação na Capital Federal junto a outras delegações de outros estados.
Em frente ao prédio das Varas Trabalhistas, durante a apresentação do cantor Carlos Paixão, pequenas pausas foram realizadas para repassar as informações de Brasília através do servidor Eduardo do Nascimento. Este por sua vez abriu o ato homenageando o coordenador Paulo Falcão que se encontrava em Brasília no Grande Ato.
Eduardo ressaltou a importância de movimentos fortes como este que se concentra todos os dias, conhecido como o Quilombo do Greve. Ele parabenizou a todos pela coragem e o empenho de cada um por manterem a união pelo mesmo objetivo. O servidor aproveitou a ocasião e cantou a música “Tempo Perdido” - um clássico dos anos 80, composta por Renato Russo, eternizada por sua voz e da Legião Urbana, banda da qual foi líder na década de 80 e 90.
Programação da greve: Assembleia geral nesta sexta-feira
Para esta sexta-feira, 16 de dezembro, está marcada uma assembleia que definirá os rumos da greve. O local será na sede do Sindjus, na Rua da Praia, 102 – Centro, a partir das 9 horas.
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Servidores do Judiciário pressionam os poderes para aprovação do PCS
Mais de 500 servidores do Judiciário Federal e do MPU realizaram várias atividades para forçar a aprovação da revisão dos Planos de Cargos e Salários - PLs 6613/09 e 6697/09. O Sindjus/AL levou 28 pessoas para Brasília – o maior número de servidores em toda sua história para uma manifestação nacional.
Com apitos e vuvuzelas, os servidores deram início aos protestos, na manhã da quarta-feira (14), cobrando do presidente do STF, ministro Cezar Peluso, uma negociação direta com a presidente Dilma Rousseff, sobre a dotação orçamentária para aprovação do Plano.
Os servidores acamparam em frente ao Supremo Tribunal Federal. Houve manifestações de servidores na Comissão Mista do Orçamento (CMO), onde também foram entregues cópias da liminar do ministro Fux exigindo a análise da proposta de orçamento do Judiciário que foi retirado pelo Executivo. Sem acordo entre as bancadas parlamentares, a CMO não concluiu as votações dos relatórios setoriais.
Sob forte chuva, a categoria saiu em caminhada até a porta do Palácio do Planalto, deixando o trânsito lento no local, e dando início ao “Fora Dilma”. Após o ato na sede do Executivo, os servidores retornaram para o acampamento, onde uma comissão foi recebida pelo presidente do STF.
O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, destacou que as zoadas foram ouvidas no STF, no Planalto Central e no Congresso Nacional. “A categoria cumpriu mais uma etapa importante, mostrando nossa força. Com ela é possível à gente conquistar nossas reivindicações, e combater todos os ataques à classe trabalhadora, principalmente, o congelamento salarial por dez anos (PLP 549) e a privatização da previdência pública (previdência complementar). Dar um basta ao corte de ponto, às retaliações, às perdas de funções e a todos os ataques que a presidente Dilma quer impor aos trabalhadores. O protesto mostrou a disposição da categoria que está aguerrida e vai continuar na luta independente de governo e das administrações tribunais estarem do lado ou não”.
O sindicalista ressaltou que a política nefasta da presidente Dilma está afundando cada vez mais este país. “Ela destina um trilhão aos banqueiros, aos latifundiários, aos empresários, a exemplo da Copa, das Olimpíadas. A presidente Dilma entrega nossas riquezas ao sistema financeiro”.