Na Praça da Faculdade, localizada no bairro do Prado, está acontecendo a Feira da Reforma Agrária, com o tema: “Comercialização solidária com preço justo”, organizada pelo Movimento da Libertação dos Sem Terra (MLST). Esta é a 8ª edição da feira, que acontece todos os anos realizada pelos movimentos sociais de luta pela terra em Alagoas.
A feira, que teve a abertura oficial na manhã desta terça-feira, acontecerá até o dia 16 de dezembro, e reúne trabalhadores do Agreste, Sertão, Zona da Mata e Litoral. Para marcar a abertura, vários convidados e representantes de sindicatos estiveram presentes durante um café da manhã.
O atrativo da feira é que todos os produtos são orgânicos, livre de agrotóxicos, com um preço mais acessível. De acordo com o Coordenador Geral Teodoro dos Santos, a feira foi montada em um período estratégico. “Escolhemos essa data por estar mais perto do fim de ano, e as pessoas podem ter uma opção a mais para fazer suas compras. O movimento da feira já está intenso, os produtores já estão vendendo seus produtos. Esse ano nós trouxemos 250 toneladas de alimentos”, afirmou Teodoro.
Ainda segundo ele, a quantidade de produtos poderia ser o dobro. “Temos condições de aumentar a vinda dos produtos, só que falta estrutura. A maioria dos trabalhadores não tem como trazer, fazemos uma cota para trazer caminhões. Ainda falta o apoio do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária)”, disse o coordenador geral.
Para o assentado Benedito Sebastião, que está desde a primeira edição da feira, esse ano esperar superar as vendas. “Estou aqui desde ontem, mas já estamos vendo aos poucos o movimento melhorar. Tenho produtos de R$1,00 até R$3,50, e são alimentos de qualidade”, disse.
Na feira, além de frutas e verduras, o público pode encontrar galinhas e bodes para a venda. Durante as noites, a programação é variada com apresentações de artistas da terra, com muito forró pé de serra, grupos culturais, palestras e oficinas.