Em Satuba, a novidade do momento não é somente a liberação do ex-prefeito Adalberon de Moraes ocorrido no início desta semana, depois de uma longa temporada detido num presídio de Maceió, acusado de ser o mandante do bárbaro assassinato do professor Paulo Bandeira em 2003. É que lá também, o ex-vice-prefeito Délio Almeida, vem brigando na Justiça, a fim de receber 44 meses, ou seja três anos e oito meses, de um calote aplicado pela ex-prefeita Ciça do Bar.
Doutor Délio como é conhecido, afirma que a Ciça só lhe pagou os primeiros quatro meses. Um desentendimento político entre ambos, ao que se sabe, resultou nessa “picaretagem” que agora se inclinou para um caso de Justiça.

Resenha:
O detalhe é que a ex-primeira-dama do município, Fátima de Moraes, então esposa do ex-prefeito Adalberon, estava com seu nome lançado em 2004 para disputar a prefeitura até a sexta-feira que antecedia a eleição do domingo. Como absoluta favorita para vencer o pleito, ela sabia que iria enfrentar problema na Justiça Eleitoral se vencesse, devido sua recém separação com o ex-prefeito que na oportunidade já estava preso. Aí ela tinha duas opções: a Ciça do Bar ou o Délio. Optou pela Ciça, por ser analfabeta de pai e mãe, na perspectiva de continuar manobrando a prefeitura. O rolo todo é que a Ciça venceu a eleição por estar numa chapa que tinha nas urnas a foto de Fátima, o que foi uma surpresa para os satubenses que não sabia dessa manobra permitida pela Justiça, numa mudança que ocorreu em menos de dois dias antes do pleito. Délio ficou como vice, e logo em seguida tentou botar as cartas na mesa. Foi quando a prefeita Ciça do Bar pegou gosto pela coisa, sobretudo com o aval de seu secretário Cyro da Vera Cruz (cria do deputado Antonio Albuquerque) e deu um chute em Délio, não repassando mais seus vencimentos salariais. E como se não bastasse, também podou a participação da Fátima Moraes em seu governo. É coisa de política!