Indignação. A mãe do estudante universitário Fábio Acioli, Marilza Acioli demonstrou muita revolta ao tomar conhecimento da fuga de Wanderlei Nascimento Ferreira, o “Paulista” e Carlos Eduardo de Souza , os dois homens acusados de assassinar o seu filho, no sábado passado (19), quando 20 reeducandos escaparam de uma das celas do módulo V, do presídio Cirydião Durval.
“Se fugiram é porque abriram a porta, permitiram”, disse em tom de desabafo, dona Marilza. A mãe do universitário enfatizou, em conversa com o CadaMinuto que todo acontecido é sinônimo “de incompetência e descaso” e foi taxativa fazendo críticas ao Governo do Estado, à Justiça, à polícia e à imprensa.
“Eu tenho ódio da Justiça, desse governador incompetente, dessa polícia sem caráter e sem vergonha que, juntamente com a imprensa, só fizeram denegrir a imagem do meu filho. Até hoje nada foi feito com esses bandidos. A única pessoa que perdeu fui eu que não tenho mais o meu filho por perto. Não tenho mais nada para falar. Agora eles é que têm de me dar uma satisfação porque dois anos já se passaram e não há nada de concreto”, ressalta dona Marilza.
Ela fez questão de ressaltar a integridade do filho e garantiu que tudo veiculado sobre seu comportamento “é mentira”. “Perdi meu filho duas vezes. Uma quando os assassinos mataram o corpo dele e a outra quando a polícia e a imprensa criaram histórias para denegrir a sua imagem. Mas, a beleza do meu filho era muito maior. Até hoje não provaram nada contra ele. Fábio era um ilho maravilhoso e tenho certeza que está no céu. Mas, quero uma resposta e no final uma retratação”, reforça.
Dona Marilza ficou sabendo da fuga por meio do CadaMinuto e disse ter passado o final de semana em um retiro. “Estou sabendo agora, estava em um retiro orando por meu filho que sinto sempre ao meu lado”, concluiu aos prantos.
Um dos foragidos, Carlos Eduardo de Souza, foi recapturado pela polícia ainda no sábado, Já Wanderlei Nascimento Ferreira ainda está sendo procurado. Os dois são presos provisórios que estavam detidos no Presídio Cyridião Durval, aguardando condenação da Justiça.
A fuga em massa de vinte detentos foi registrada no início da tarde do último (19). Eles escaparam por um buraco na parede, chamado pelos agentes de ‘túnel raso’, com um comprimento de cerca de 1,30 metros. Sete dos presos foram recapturados, outros 13 continuam foragidos.