Diante das denúncias de violência contra os reeducandos da unidade prisional Cyridião Durval, a direção administrativa do presídio, rebateu as acusações feitas por mulheres de presos, na manhã desta segunda-feira, 21, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB), classificando como mentirosas e infundadas as afirmações das denunciantes.
De acordo com Elizabeth Kummer, diretora administrativa da unidade e educadora há mais de 20 anos, não há nada que classifique como tortura o tratamento dos presos, muito menos dos visitantes. “Nosso trabalho principal é garantir a integridade dos presos e das famílias. Os presos fugiram no horário de visita, e na hora tinha mulheres grávidas, crianças, pessoas idosas. Nós tínhamos que preservá-las, mas não houve abuso”, afirmou a diretora.
Ela ainda ressaltou o trabalho dos agentes penitenciários no dia da fuga. “Os agentes conseguiram resgatar sete presos com a ajuda da população. Foi feito um buraco enorme e nós não tínhamos estrutura por se tratar de um final de semana, diante disso, a direção das Unidades Penitenciárias resolveu cancelar as visitas, uma vez que não tínhamos estrutura”, disse Elizabeth.
Ela ainda fala que o trabalho como educadora é tentar fazer com que os presos, consigam se ressocializar. “Trabalho de forma correta. Na minha visão jogar o preso numa cela é um problema, eu quero mostrar a sociedade que eles podem ter oportunidades, que só com a educação que isso acontece”, frisou a educadora.
Segundo Elizabeth, o presídio Cyridião conta com assistência médica e nutricional. “Nós oferecemos toda uma estrutura para os reeducandos, com assistência médica, odontológica, nutricional, ginástica laboral, além de oferecer cursos de informática, cursos pré-vestibular, cursos para o ENEM, e ainda preparar eles para concursos. Os presos do Baldomero vão até o Cyridião para ter assistência médica”, contou Kummer.
A diretora administrativa do Cyridião Durval disse ainda que o seu papel principal é oferecer um trabalho de ressocialização. “Tenho uma missão aqui dentro do Cyridião, e é lutar por uma estrutura digna. Batalho para retirar as laranjas podres das ruas, mas quero que eles tenham uma oportunidade”, finalizou Elizabeth Kummer.