“Criticar por criticar não é o caminho", diz Conseg sobre declarações da Adepol

21/11/2011 13:46 - Maceió
Por Redação
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O Presidente do Conselho de Segurança de Alagoas (Conseg), Paulo Brêda, minimizou, durante entrevista ao CadaMinuto ,as criticas realizadas pela Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol-AL) a proposta que defende o fechamento de delegacias “ociosas” em todo estado de Alagoas. Para Brêda, é necessário que se estude de forma ampla toda discussão, já que o projeto do Conseg tem como objetivo fornecer uma melhor sensação de segurança à sociedade.

“Criticar por criticar não é o caminho. Antes de falar, questionar ou cobrar algo é importante conhecer o todo”, colocou.

Ainda segundo ele, o debate é fundamental para o sucesso da proposta e o que é inaceitável e continuar nessa onda de violência crescente. “Não podemos esmorecer diante dessa triste realidade, essa situação não pode continuar. Desta maneira o crime está vencendo”, frisou. A intenção do conselho é realizar uma grande reestruturação no quadro da Polícia Civil e remanejar os agentes para os locais que apresentam, hoje, os maiores índices de criminalidade.

Adepol

Em nota divulgada à imprensa, no começo da manhã, a associação condenou a proposta, noticiando que, ao contrário disso, a questão violência será resolvida com mais investimentos na segurança e o aumento do efetivo nas polícias.

De acordo com o presidente da Adepol, delegado Antônio Carlos Lessa, atualmente o estado possui um déficit de 76 delegados e o fechamento de delegacias só acarretará em mais prejuízos para a Polícia Civil. Lessa afirmou ainda que hoje muitos delegados já acumulam mais de três distritais, abarrotadas de inquéritos para dar andamento. “Com o fechamento das delegacias, escrivães e delegados ficarão ainda mais sobrecarregados”, salientou.

Por fim, o delegado criticou o concurso público da Polícia Civil, anunciado pelo governo para o próximo ano, que oferecerá 25 vagas para o cargo de delegado. “Esse número não conseguirá sequer repor a quantidade de delegados que irão se aposentar, se fizermos o cálculo de aposentados e nomeados. O Estado precisa atualmente de mais 100 delegados que possam atuar em todos os municípios alagoanos e assim atuar com mais eficiência no esclarecimento de crimes”, acrescentou Lessa.
 

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