Secretaria da Mulher vai criar grupo de trabalho para combater homofobia

19/11/2011 01:20 - Maceió
Por Redação

Preocupada com a série de assassinato de homossexuais em Alagoas, a secretária da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, agendou para a próxima quinta-feira (24) uma audiência com o secretário de Defesa Social, Dário César Cavalcante, para definir a criação de um grupo de trabalho que acompanhe e apure os crimes, principalmente os com características homofóbicas.

 

Considerando os últimos casos de assassinatos cometidos contra os homossexuais em Alagoas, a Secretaria solidariza-se aos amigos e familiares das vítimas, disponibilizando os serviços do Centro de Referência as Vítimas de Discriminação e Violência de modo a garantir a Cidadania e os Direitos Humanos de todos.

 

Objetivando enfrentar a homofobia e a discriminação evidenciada recentemente pela mídia, a SEMCDH - por meio da Diretoria de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, Gerência da Diversidade Sexual e Assessores Técnicos - construiu uma agenda positiva de ações de políticas publicas com vistas a minimizar a violência e os assassinatos contra a população de LGBT em Alagoas.

 

Uma das medidas tomadas pela Secretaria é a solicitação da instalação do grupo de segurança publica LGBT, dentro da Secretaria de Defesa Social, a realização da Campanha de Prevenção da Violência para a População de LGBT e a republicação da cartilha Gay Vivo Não Dorme com Inimigo (manual de sobrevivência homossexual), com dez dicas de prevenção.

 

Ao lamentar décimo sétimo crime (com características de homofobia) ocorrido essa semana em Maceió, Kátia entende que esse grupo de trabalho deve ter como objetivo também trabalhar numa parceria Sociedade Civil e Governo no sentido de diagnosticar e promover políticas de defesa da população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).

 

 

“Uma das coisas que está preocupando a sociedade em geral são os crimes homofóbicos. Hoje a questão do segmento LGBT está em muitas as famílias. Temos, por exemplo, verificado casos de homofobia em várias cidades. Acho que os jovens devem estar mais atentos a esse tipo de violência. Há pessoas que não têm o mínimo respeito por negro, homossexual, mulheres profissionais do sexo e se acham no direito de agredi-las e violentá-las”, assinala ela.

 

Kátia ressalta que a Secretaria presta acompanhamento jurídico e psicossocial às famílias das vítimas de crimes homofóbicos em Alagoas. Lembra que a Superintendência de Políticas de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos dispõe de uma gerência específica para assistência à população (LGBT). “Então nossa agenda contra homofobia está em primeiro lugar.”, finaliza a secretária.

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