Nesta quarta-feira (26),  Carlos Jorge Cardoso, Jorge Pagão, irmão do ex-vereador de Rio Largo Alexandre Cardoso da Silva, o Júnior Pagão, e um homem conhecido como "Quebra-coco" foram julgados e condenados ontem em Rio Largo por homicídio.  A pena aplicada a Jorge Pagão, que já está no sistema prisional há seis anos, foi de 22 anos de prisão em regime fechado. Já para o 'amigo de crime'  foram estipulados 18. O promotor do caso foi Marcus Mousinho.

Jorge Pagão se encontra recolhido no Presídio Baldomero Cavalcanti juntamente com o irmão Júnior Pagão e o tio  Valdemar de Araújo Silva, o "Dema", com os quais, segundo a polícia, teria cometido outros crimes.

Jorge Pagão e Dema são acusados da autoria material do assassinato de um mendigo, e teriam, segundo a polícia, sido contratados por Ricardo Scavuzzi, marido da ex-prefeita de Rio Largo, Vânia Paiva, e coordenador de Planejamento da Prefeitura do município à época. O corpo do mendigo – sem identidade – foi desovado em terras da Usina Utinga.

A única testemunha desse caso, o vigilante Luiz Alexandre de Mendonça Rego, afirmou na polícia e em depoimentos à Justiça, ter sido realmente Scavuzzi o mandante e Jorge Pagão e Dema os autores materiais. A encomenda da morte do mendigo teria sido por motivo fútil.

Scavuzzi estaria incomodado com o barulho que a vítima fazia no local onde se abrigava, um galpão, que ficava por trás da sua residência.

Há duas semanas, Luiz Alexandre entrou em contato com o Cadaminuto e, por telefone, informou a convocação para depor em Alagoas, mas assegurou ter medo de morrer, por conta das denúncias. Ele foi incluído no serviço de proteção a testemunhas e mora fora de Alagoas.