Muitas crianças e adolescentes que estudam em escolas da rede municipal de Maceió estão há mais de sete meses sem merenda escolar, que em alguns casos é a principal refeição desses estudantes. A informação chegou ao Cadaminuto através de denúncia do presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Maceió, professor Jailton de Souza Lira.
Um das instituições de ensino que passou pelo problema foi a Escola Municipal Professor Silvia Celina Nunes Lima, localizada no Conjunto Village Campestre II. No entanto, segundo Graça Martins, diretora da escola, o problema foi resolvido semana passada, mas continua em outros locais.
“A situação da merenda foi estabilizada na quinta-feira passada e já estamos providenciando a compra dos alimentos. Os alunos continuaram indo à escola, mesmo sem a merenda. Mas, outras sete escolas estão passando pelo mesmo problema, porque o dinheiro para a aquisição dos alimentos está bloqueado”, informou.
Para receber os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação [Fnde] as escolas têm que regularizar o Conselho Escolar, para definir compras de gêneros alimentícios, por meio de licitação. Isso seria necessário para regularizar a situação na Receita Federal para a movimentação da conta no Banco do Brasil.
Segundo a diretora, a Semed não repassou o CNPJ para que o dinheiro do Governo Federal fosse recebido. “Isso aconteceu com quase todas as escolas. Como nossa escola é nova, só tem seis anos e essa é a primeira verba do Governo Federal, tivemos esse problema. Nem extrato conseguimos tirar. É muita burocracia”, lamentou.
Mesmo assim, de acordo com Lira, a Semed deveria ter feito a compra de alimentos, independente de regularização ou não do Conselho Escolar.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário municipal de educação, Thomas Beltrão, via telefone, mas não obteve êxito. A Assessoria de imprensa da Semed informou que a compra de merenda é de responsabilidade das escolas.










