Depois de uma longa caminhada de espera, finalmente a prefeitura da Barra de Santo Antonio consegue autorização ambiental para iniciar uma importante obra na Ilha da Crôa, visando conter o avanço da água do mar em tempo de maré alta. Mas, a façanha só foi conquistada porque a prefeitura teve que recorrer a Justiça, onde um Mandato de Segurança impetrado pelo juiz Josemir Pereira de Souza, da Comarca de Paripueira, fez com que o IMA- Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, concedesse a tão esperada autorização, para assim dá início a obra de contenção costeira, numa extensão de 1.000 metros lineares. “O detalhe é que o município já dispõe dos projetos aprovados pelo Ministério da Integração Nacional; e os recursos da ordem de 5,9 milhões de reais, estão empenhados desde 31 de dezembro de 2010”, disse o secretário municipal de Infraestrutura, Miguel Arcanjo da Mota, contente pelo rompimento da barreira burocrática enfrentada nesses últimos nove meses de uma travada batalha junto aos órgãos ambientais.
Lembra o secretário, que as ressacas provocadas pelas marés altas registradas no final do mês de agosto, deixaram famílias desabrigadas com a destruição de casas e alguns bares na orla marítima. Na oportunidade, disse, houve revolta da comunidade que por sinal fez até um abaixo assinado, cobrando providências da prefeitura, quanto ao projeto adormecido desde o início deste ano, justamente por conta de tanta burocracia dos órgãos ambientais, inclusive do Instituto Chico Mendes.
A prefeita Cícera Mendonça (Ciçou) e sua equipe técnica, ao longo desse período vinham intensificando cobranças junto aos órgãos competentes, e todo desespero aconteceu na última semana, por conta do prazo final concedido pelo Ministério da Integração Nacional que se expirou na sexta-feira, e que não restando outra alternativa, culminou sendo resolvido pelas vias judiciais.
O secretário Miguel Arcanjo da Mota adverte que outros municípios alagoanos, tais como: Paripueira, Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi, estão na eminência da mesma ocorrência de desastres naturais registrados, como os de Barra de Santo Antonio. Para tanto, explica: “É necessário que o Instituto Chico Mendes, se torne de fato um órgão dotado de profissionais suficientes e competentes, para que problemas de estado de emergência, venha se manifestar com a maior brevidade possível” finalizou.

Edmilson Teixeira