Caso Jonnhy Wilter: Júri popular do Capitão Eduardo Alex ocorre nesta quinta-feira

18/07/2011 06:07 - Josivaldo Ramos
Por Redação
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por divulgação 

Depois de dois adiamentos, o júri popular do assassinato de Johnny Wilter da Silva Pino ocorre nesta quinta-feira, 21. Johnny era estudante de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e tinha 21 anos quando foi assassinado no dia 25 de maio de 2008, nas imediações do Bairro Cidade Universitário, durante a realização de uma suposta blitz policial. O estudante estava com um amigo, Marcos Brandão, que pilotava a motocicleta em que Johnny era o carona, quando foi atingido por dois tiros após furar o bloqueio. O autor dos disparos foi o Capitão da PM-AL, Eduardo Alex da Silva Lima.

Segundo versão de Marcos Brandão, que estava com a vítima, o furo ao bloqueio se deu em razão de não ser o condutor da moto habilitado para conduzi-la. Já na versão do acusado, Capitão da PM-AL, Eduardo Alex, os disparos ocorreram porque os ocupantes da moto, ao perceberem o bloqueio policial, efetuaram um disparo em direção a guarnição comandada pelo Capitão, momento em que empreenderam fuga do local. Daí a justificativa para os disparos que atingiram fatalmente o Johnny Wilter.

O júri já havia sido marcado por duas vezes no mês de junho e nas duas vezes foi adiado por motivos de saúde. O juiz Maurício Brêda atendeu aos pedidos tanto do advogado de defesa do policial, Raimundo Palmeira, quanto pela advogada de acusação, Lucila Valentin. A nova data para o julgamento está marcada para a próxima quinta-feira, 21, a partir das 7h30, no Forum do Barro Duro.

O Júri Popular, também conhecido como Tribunal do Júri, é formado por um juiz de direito, neste caso, o juiz Mauricio Brêda, e por 25 jurados. O veredicto sobre o assassinato de Johnny Pino será dado por sete desses jurados, que foram escolhidos em meio à sociedade. Qualquer pessoa pode assistir ao julgamento.

Três anos de espera

Durante todo o processo penal, a família do jovem palmarino vem lutando para que o caso seja julgado como homicídio doloso, quando se tem a intenção de matar. O juiz Maurício Brêda encaminhou o acusado ao Júri Popular. A defesa entrou com recurso e pediu que o crime fosse julgado pela Justiça Militar e fosse caracterizado como culposo, quando não há a intenção de matar. O recurso foi negado no Tribunal de Justiça de Alagoas.

Em março deste ano, o processo voltou a tramitar na 7ª Vara Civil da Capital e começou a última etapa antes de um júri popular, defesa e acusação tiveram que apresentar uma lista de testemunhas que serão ouvidas nesta quinta-feira.
 

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