Uma ausência tem sido sentida na telinha nos últimos tempos: a de Antonio Pedro de Souza Silva, ou melhor, a do nosso querido Russo. Funcionário da Globo há 40 anos, o ícone da história da televisão não tem sido visto na frente das câmeras. Mas por quê? “Vai ser difícil voltar a aparecer agora. É porque eles decidiram tirar do vídeo os antigos da casa e botar os novos”, explica o divertido Russo, que desmente o boato de que estaria movendo ação contra a emissora por nunca ter recibo como artista. “É tudo fofoca. Não tem nada de processo. Estou aqui há mais de 40 anos. Se a Globo me mandar embora, eu morro. Já sou aposentado e ganho apenas um salário mínimo pelo INSS. Por causa da Globo, eu ganho bem.”
Aos 80 anos, Russo conta que não terá saudade de surgir fantasiado nos programas, como o telespectador está acostumado a vê-lo desde os tempos do Cassino do Chacrinha. “Não vou sentir falta. Eu ficaria triste se estivesse desempregado. Agora, eu sou uma estrela (risos). Estou na produção do Estrelas. Fazendo nada (risos), atrás das câmeras.”
Com longa estrada na TV, o que deixa Russo contente é o carinho do público. “As pessoas gostam de mim. O que me deixa feliz é falar com você, com todos. Adoro conversar, é meu segredo para chegar aos 80. As pessoas me procuram em casa. É gostoso. Até polícia vai na minha casa para tirar fotos comigo e pedir autógrafo. Eu moro na Estrada do Boiúna, na Taquara, e malandro do morro não gosta, diz que não quer polícia ali. Mas os policiais só querem bater papo e me levam de casa até o ponto de ônibus”, conta.
E os fãs só estão aumentando. “O canal novo da Globo, o Viva, reprisou o Chacrinha. E me paravam nas ruas. Mas eu não me vi nenhuma vez, porque era na hora que tinha jogo, e eu não perco o meu Flamengo (risos).”