Na manhã desta terça-feira (21), o comando de greve dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas realizou uma panfletagem em frente à universidade com o objetivo de mobilizar os servidores por melhores condições de trabalho. Nesta quarta-feira (22), o Sindicato dos Trabalhadores da Ufal realizará uma assembleia geral, às 9:30, na Tenda Estudantil, para definir o calendário de mobilização da próxima semana.
Uma das lutas da categoria é contra a desestruturação do Plano de Carreira, a fim de evitar a retirada de direitos já conquistados. Os servidores criticam a tentativa do Governo Federal em congelar incentivos à qualificação e defendem a ampliação do percentual de qualificação para todas as categorias, bem como o reajuste de benefícios como transporte, alimentação e creche. Outra reivindicação é pelo reposicionamento dos aposentados e racionalização dos cargos da carreia.
Segundo a coordenadora Geral do Sintufal, Aparecida Ferreira, os trabalhadores das universidades de todo o Brasil também lutam contra as medidas de privatização dos Hospitais Universitários e o projeto de lei que pretende congelar os salários dos servidores por dez anos. “Não temos política salarial definida e nem data-base. Estamos reivindicando um piso nacional de três salários mínimos com step de 5%. Também exigimos a abertura imediata de concurso público para substituir os terceirizados”, afirma a sindicalista.
Direito de Greve
De acordo com o coordenador da Secretaria da Mulher do Sintufal, Moysés Ferreira, os servidores que estão em estágio probatório e quiserem aderir à greve terão toda cobertura da entidade. Portanto, aqueles que ainda não estão filiados, continua ele, devem procurar o sindicato e fazer a filiação para garantir imunidade.
“Quem está em estágio probatório tem tanto direito de aderir à greve quanto qualquer outro servidor”, afirma Moysés. A coordenadora de Assuntos Jurídicos, Risonilda Costa, informou que a assessoria jurídica do Sintufal já está à disposição para tirar dúvidas e solucionar quaisquer demanda. Ela reforça que qualquer servidor que esteja sendo alvo de ameaças por aderir às mobilizações receberá total assistência da entidade.
Adesões
No campus Maceió, mais 25 setores já declararam apoio à greve. No Interior, em decisão unânime, os servidores de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Viçosa, Penedo e Santana do Ipanema aprovaram a adesão. A mobilização também recebe apoio da maioria dos técnico-administrativos de Delmiro Gouveia. Em todo o Brasil já são 45 universidades nessa mobilização.