Os líderes petistas Joaquim Brito e Judson Cabral se mostraram bastantes preocupados ao serem indagados pela reportagem do Portal Cadaminuto sobre a participação de um membro do PT no esquema que causou um “rombo” de R$ 12 milhões nos cofres do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Alagoas. A fraude foi descoberta pela Polícia Federal, que deflagrou, na última terça-feira (14), a Operação CID-F.

O deputado Judson Cabral colocou que caso fique comprovado a participação de Valério na fraude, a imagem do PT não pode ser maculada ou questionada.

“Bem verdade que ele é filado ao partido, no entanto, a maior prova que Valério está afastado do diretório foi seu apoio a outros candidatos na última eleição, em 2010”, revelou.

O presidente do PT em Alagoas, Joaquim Britto, se mostrou bastante surpreso, em entrevista ao Cadaminuto, com a publicação da matéria revelando que Antônio Cícero Valério da Silva, conhecido como ‘Professor Valério’, se apresentou ontem a Polícia Federal e é suspeito de chefiar o esquema que fraudou R$ 12 milhões (INSS).

Para Brito, a notícia tomou proporções gigantescas e uma reunião do partido foi convocada às pressas, objetivando traçar o melhor caminho para crise.

“Ficamos sabendo pela imprensa sobre a fraude e a suposta participação dele. Daremos o direito da ampla defesa para suas alegações e, logicamente, as medidas cabíveis serão adotadas”, colocou o chefe do PT em Alagoas.

Brito não quis confirmar se Valério faz parte do Diretório Municipal ou Estadual, apenas pontuou que o suspeito tem ligações políticas com o PT.

Valério ganhou a alcunha de professor depois de assumir a cadeira de Educação Física no colégio Hélio Lemos, pertencente ao deputado estadual Temóteo Correa, de quem Valério já foi cabo eleitoral.

O Cadaminuto apurou que o Professor Valério era figura carimbada nos gabinetes petistas e realizava vários eventos nos bairros da Chã da Jaqueira e Chã do Bebedouro, seus redutos eleitorais.