A proposição do deputado estadual Inácio Loiola (PSDB) em promover sessão especial nesta sexta-feira, 17, sobre o Programa Xingó e as atividades desenvolvidas na região da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas. Parlamentares, representantes de instituições, de sindicatos, de organizações não-governamentais, da Universidade Federal de Alagoas e da Universidade Estadual de Alagoas, prefeitos, vereadores e lideranças políticas e mais a sociedade alagoana compareceram e promoveram o debate acerca das realizações e das pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Xingó em prol do desenvolvimento autossustentável dos municípios do alto sertão alagoano.
Inácio Loiola disse que a sociedade alagoana teve a oportunidade de conhecer melhor os trabalhos implementados pelo Instituto Xingó em benefício do crescimento socioeconômico dos 29 municípios situados na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
O sertão alagoano em particular, acredita Inácio Loiola, reúne todas as condições climáticas e agricultáveis em tornar-se um polo de fruticultura, a exemplo de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), além de poder consolidar-se na região dos lagos do Velho Chico em atrativo polo do turismo cultural e do turismo de aventura a partir do resgate e da valorização da história e do artesenato das comunidades locais.
“A região do alto sertão alagoano pode representar para Alagoas em termos de desenvolvimento econômico e social, desde que se expanda e fortaleça ainda mais as atividades já desenvolvidas pelo Instituto Xingó em parceria com os Governos estadual e municipal, o mesmo que a árida região da Califórnia representa para os Estados Unidos.
Basta maior empenho e vontade da classe política em consonância com a iniciativa privada, as instituições de pesquisas e a sociedade em geral”, disse entusiasmado o deputado Inácio Loiola.
O presidente do Instituto Xingó, Reinaldo Falcão, fez uma apresentação dos inúmeros projetos executados com foco no aproveitamento dos recursos naturais da região e ao mesmo tempo na capacitação e inserção das famílias sertanejas no atual processo produtivo social, econômico e cultural.
Entre tantas atividades do Programa Xingó, Falcão enumerou o incentivo à criação da tilápia – que produz o filé, a polpa introduzida na merenda escolar de Piranhas, o beneficiamento do couro para sandálias e sapatos -, a produção e disseminação da ovinocaprinocultura nas pequenas propriedades rurais, a inédita pesquisa do pitu garantindo a sobrevivência da espécie no rio São Francisco e, sobretudo, ao estímulo ao desenvolvimento integral autossustentável visando a preservação do ecossistema e a promoção da cidadania do sertanejo.
Ele disse ainda que a sessão especial ocorreu num momento auspicioso para o Estado de Alagoas. A sede do Instituto Xingó foi transferida recentemente do município sergipano de Canindé do São Francisco para Piranhas. “É mais uma conquista para os alagoanos. Por isso, ser relevante a população alagoana conhecer mais as ações desenvolvidas pela instituição que está aberta à sociedade para maior conhecimento e interação”.
A prefeita de Piranhas, Mellina Freitas, disse que o Instituto Xingó é um centro de excelência inerente ao sertão alagoano por contribuir para a integração regional e sobretudo viabilizar e valorizar as experiências desenvolvidas pela comunidade que integra a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. “São 600 mil habitantes contemplados indiretamente”.
O reitor recém-eleito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lobo, enalteceu a sessão especial requerida pelo deputado Inácio Loiola porque possibilitou não somente ao corpo profissional de técnicos e de pesquisadores mas a classe política e a comunidade em geral conhecer mais, e melhor, o que realmente o Instituto Xingó faz de positivo para o Estado.
O Instituto Xingó tem como parceria estratégica a Chesf além dos parceiros Sudene, Cepel, CNPq, Codevasf, COEP, Embrapa, Facepe, Fadurpe, IEC, Funasa, Inpe, MCT, INSA, MI, MME, Petrobras, Seagri-SE, Sebrae, Sectes-AL, SEED-SE, UFS, UFAL, UFBA, UFRPE e UFPE.