Em discurso proferido na tarde desta terça-feira, 31 de agosto, na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Fernando dos Santos (o Paulão-PT), criticou os índices de violência no Estado, que crescem a cada dia e disse que não está havendo sintonia entre os órgãos de segurança do Estado.

``Como vereador por Maceió e como deputado estadual fui autor de projetos que criaram a Comissão de Direitos Humanos, na Câmara e na Assembleia e sempre lutei pela causa. Discutir direitos humanos não é defender bandido, é defender a vida e quero aqui destacar a chacina que aconteceu (no Benedito Bentes) que vitimou jovens de no máximo 20 anos``, disse Paulão.

Segundo o petista, até que se prove o contrário, a Constituição brasileira não implantou a pena de morte no País. Ele observou que o relatório do Ministério da Justiça (MJ) que coloca Alagoas como um dos estados mais violentos e destacou a ação do secretário Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro, observando que em debate no Conselho de Segurança do Estado provocou uma reação do Governo do Estado a respeito dos números apresentados.

FALTA SINTONIA

``Me preocupo muito com a falta de sintonia dos órgãos de segurança do Estado. Recentemente, o coronel Dalmo Sena foi exonerado e a tratativa diplomática do governo requer melhor encaminhamento. As fotos publicadas nos jornais dizem tudo; mostram constrangimento. A sociedade paga um preço alto. Não tem uma sinergia entre os vasos comunicantes no Estado``, reclamou Paulão.

No último fim de semana a polícia alagoana registrou 20 assassinatos em todo o Estado. Segundo o deputado, o governador Téo Vilela cortou 45 milhões da Polícia Militar e quatro milhões da Polícia Civil, ``enquanto que o material de uso dos policiais como bala-clava, colete, armas e balas são enviados pelo governo federal. No interior não é diferente``, finalizou o petista.