Delegado que comanda inquérito diz que laudo do IML ainda não foi entregue à Polícia

13/06/2011 07:52 - Interior
Por Redação
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Setenta e oito dias após as irmãs Beatriz dos Santos e Sâmara Oliveira dos Santos terem desaparecido misteriosamente e encontradas mortas com requintes de extrema brutalidade em estado de decomposição, o caso ainda encontra-se sem solução e a caminho de ser engavetado, sem que nenhum suspeito ou culpado esteja preso.

Familiares e amigos das menores se questionam se este será mais um dos crimes praticados em Alagoas e que ficará sem solução. A Polícia Civil tem um prazo de 30 dias para concluir o inquérito, podendo ser prorrogado por mais um pouco. Testemunhas foram ouvidas, alguns suspeitos interrogados, mais o que parece, o quebra cabeça não foi possível montar para se chegar aos verdadeiros culpados.

A Polícia ainda não se pronunciou oficialmente sobre os rumos do caso e nem apresentou a sociedade nenhum suspeito, o que leva crer ser esse mais um crime misterioso a ficar impune na pequena, e não mais pacata cidade de Coruripe.

Enquanto isso a família espera incansavelmente por justiça. O pai de uma das garotas exerce duas vezes por semana uma maratona de visitas frequentes à delegacia, e cobra urgência a solução para o caso que chocou a cidade.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Josias Lima, o laudo da perícia ainda não chegou a suas mãos, fato que atrapalha as investigações sobre o bárbaro crime.

Outro desaparecimento

Mais uma jovem continua desaparecida em Coruripe. A garota de programa, Janielma de Jesus Santos, 20 anos, residente na Rua Hélvio de Castro Reis, desapareceu em 29 de março, mesmo dia em que as irmãs Beatriz e Sâmara sumiram da cidade.

A queixa foi prestada pela mãe da garota, Enira de Jesus. Ela confirmou que a filha é uma garota de programa e vivia em um prostíbulo da cidade. Janielma, ainda segundo a mãe, estava morando com ela e no dia 29 de março foi levada para trabalhar no ‘Bar do Valdemir’ em Chã do Pilar.

Desde então, a mãe não tem mais notícias da filha. Nervosa, Enira de Jesus fez sérias acusações contra Valdemir. “Minha filha no dia que viajou com ele estava com cerca de R$ 700,00 e de acordo com outra garota de programa de nome Neide, que trabalha com aliciamento de prostituição levando moças para trabalhar como prostituta no Bar do Valdemir, teria visto ela ser agredida com um tapa”.

Há quinze dias, Enira disse ter ido a Chã do Pilar em busca de notícias da filha. “Fui falar com o Valdemir, ele me ignorou, me enganou e se fez de desentendido, me atendeu muito mal. Só quero que ele dê conta da minha filha. Outra coisa que eu achei estranha foram as perguntas que ele me fez a respeito das meninas desaparecidas, se eu sabia se elas eram prostitutas, se elas tinham morrido mesmo e se usavam drogas”.

A reportagem do Cada Minuto conseguiu falar com Valdemir por telefone, o qual no começo negou saber notícias, mas depois afirmou que Janielma era usuária de drogas e por isso havia mandado embora de seu bar. “A filha dela já é maior de idade, disse que não vai voltar, e se ela quer encontrar ela, procure no Bar da Jacutinga lá no Tabuleiro” falou Valdemir.

A mãe que no início procurou a Policia civil para prestar queixa, afirmou que os agentes de plantão disseram que não poder fazer nada, por se tratar de outra localidade.

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