Soluções para o caótico trânsito de Maceió

05/06/2011 17:48 - Josivaldo Ramos
Por Redação
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por Josivaldo Ramos


Desde alguns dias que este tema se tornou recorrente em minha mente, ideias inspiradas nas muitas cidades que conheci, em dezessete estados brasileiros os quais tive a oportunidade de visitar ao longo de duas décadas de andanças Brasil afora, além de algumas visitas a cidades da Argentina e do Uruguai. Contudo, o tema, recheado de polêmica, requer mais que exemplos e ideias, vontade e, sobretudo coragem para encarar as críticas que o tema suscitará. Então, disposto a enfrentar este desafio, ou pelo menos suscitar um oportuno debate, registro minha humilde contribuição.

 É fato que o trânsito está caótico em quase todas as vias da cidade, mas é na Avenida Durval de Góes Monteiro e na Avenida Fernandes Lima que reside nosso maior problema. Na “Fernandes Lima” [tratarei assim a Avenida desde a PRF] o trânsito simplesmente “estrangulou”, a Avenida não suporta mais a absorção de qualquer veículo, o pior é que as vias alternativas são raras ou inexistentes. O que fazer para que o trânsito na principal Avenida de Maceió flua dentro da “normalidade”?

Tomando por exemplo ações implementadas em Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte, entre outras cidades que visitei, entendo que uma série de ações que deram certo por lá, podem ser utilizadas para solucionar os problemas daqui, ações estas, que passo a defender a partir deste momento:

1) Criação de mais uma faixa de rolamento em cada um dos sentidos da Avenida, ficando as duas faixas internas para uso exclusivo do transporte coletivo. Estas faixas centrais e exclusivas seriam protegidas por grades de ferro que percorreria toda a avenida a fim de evitar que outros veículos fizessem uso indevido destas faixas de rolamento, além de servirem de rota de passagem para viaturas policiais e ambulâncias.

(imagem da Avenida Anhanguera em Goiânia)

Para que estas faixas fossem implantadas seria necessária a remoção do atual canteiro central. Contudo, para compensar os danos ambientais provocados pela extração das árvores, para cada extração outras dez árvores deveriam ser plantadas noutro local, sendo que a cada cem árvores extraídas, um parque ecológico, com pelo menos cinco mil árvores deveria ser criado. Todo este processo de compensação ambiental deveria ser acompanhado pelo Ministério Público e pela sociedade civil organizada;

      

(imagem de parque ecológico de Belo Horizonte)

2) Utilização de ônibus triarticulados no eixo criado na “Avenida Fernandes Lima” com a criação de dois terminais de transbordo, um na Praça Centenário, para integração com ônibus vindos da região do centro e orla marítima e outro nas imediações da Polícia Rodoviária Federal, para integração com ônibus vindos do Benedito Bentes, Eustáquio Gomes e regiões adjacentes;

(ônibus triarticulados)

Ao longo da avenida algumas plataformas de embarque e desembarque seriam edificadas, contudo nestas plataformas o embarque se daria individualmente sem a integração com outras linhas regulares;

3) Instituição de um subsídio por parte do governo municipal para que as empresas de transporte coletivo pratiquem a cobrança de meia-passagem, indiscriminadamente, nos ônibus do eixo Fernandes Lima, tornando o transporte mais atrativo, pelo menos financeiramente, do que a utilização dos transportes de uso particular;

4) Proibição do tráfego de transportes de carga, com veículos pesados, das 6:00 horas até às 19:30 horas, nos dois sentidos da Avenida, de segunda a sexta-feira. O transporte de carga, em veículos leves, se daria exclusivamente pela faixa da direita, ficando os infratores passíveis de multas;

5) Disponibilização de caminhões guinchos ao longo da Avenida para remoção imediata de qualquer veículo com problemas técnicos, falta de combustível ou mesmo envolvido em algum acidente sem vítima. [Esta sugestão foi enviada via Twitter pelo internauta Dallas Diego];

6) A Avenida Maj. Cícero de Góes Monteiro, desde o Bairro de Bebedouro, nas imediações da Clínica de Repouso Ulisses Pernambucano, até a Avenida Governador Afrânio Lages, no Bairro do Bom Parto, deveria ser transformada em mão única, ficando este trecho como rota alternativa para os moradores da parte alta da cidade chegarem ao centro com agilidade;

7) Na Avenida “Fernandes Lima” sinalizar na altura do posto conhecido como Bomba do Gonzaga e também no entroncamento com o Atacadista Makro (Via de acesso a Chã de Jaqueira) as vias alternativas que levam a Avenida Maj. Cícero de Góes Monteiro (Bebedouro) que além de levar ao centro da cidade ainda conduz com agilidade ao litoral sul do estado.

Enfim, outras ações podem e devem ser propostas, entretanto se faz necessário uma imediata mobilização social para que o tema passe a fazer parte dos debates diários de nossos governantes.

Aproveito este espaço para convidar o atual superintendente da SMTT, meu colega no Portal Cada Minuto, Pinto de Luna, para debatermos pessoalmente este tema, para convidarmos outros especialistas, representantes da sociedade civil organizada, representantes do Ministério Público e todos os outros que se interessem pela causa para debates acalorados em torno deste importante tema.

Está é minha contribuição ao debate; com a palavra, Sua Excelência, o leitor.

Twitter: @JosivaldoRamos
E-amil : josivaldoramos@hotmail.com
 

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