Depois de passar por São Miguel dos Campos e Arapiraca, a caravana da educação organizada pelo Sinteal chegou a Palmeira dos Índios nesta segunda-feira, 30 de maio. Uma longa caminhada de protesto pelas ruas da cidade denunciou mais uma vez o descaso do Governo do Estado com a educação e as(os) servidoras(es) públicas(os), e fortaleceu a greve, que começou no dia 19 de maio.
Além dos três ônibus que saíram de Maceió, grupos de vários municípios participaram da atividade. A caminhada parou em algumas escolas estaduais daquele município, foi até a Coordenadoria Regional de Ensino e finalizou o ato na Praça da Independência. Mesmo com muita chuva, o movimento foi mantido e percorreu todo o percurso programado. “Essa é uma prova de que o movimento está cada vez mais forte. Não vamos nos intimidar com intransigência de Governo ou dificuldades climáticas. Para defender a qualidade da educação e os direitos dos trabalhadores enfrentaremos tudo isso”, disse a presidenta do Sinteal, Célia Capistrano.
A caravana da educação é uma das atividades da campanha salarial da categoria em 2011. Aprovada em assembléia, o Sinteal está percorrendo vários municípios de Alagoas, mobilizando trabalhadoras(es) e esclarecendo a população de todo o Estado sobre os motivos da greve.
GREVE - A rede estadual de educação está em campanha salarial, em busca de melhores condições de trabalho e de uma carreira valorizada. Desde o dia 19 de maio a categoria está em greve. A proposta de 5,91% apresentada pelo governo não repõe as perdas de mais de quatro anos sem reajuste. Os servidores e o Sinteal denunciam o abandono das escolas, cada vez mais sucateadas. Além disso, eles reivindicam, entre outros pontos, direitos que não têm sido respeitados, como a aplicação das progressões, prevista no Plano de Cargos e Carreiras.
Apesar de afirmar que está aberto às negociações, o Governo do Estado só se comunica com a classe trabalhadora através da imprensa, sempre fazendo ameaças ou desqualificando o movimento, como foi o caso da gargalhada que chefe do Executivo estadual soltou quando foi perguntado sobre o reajuste dos servidores.

Interior