por Josivaldo Ramos e foto de Sérgio Rogério

Nada contra os atletas que compõem a equipe do União Futebol Clube, tampouco contra os desportistas em geral, mas a aprovação do Projeto de Lei 003/2011 que concede abertura de crédito especial no valor de R$ 90.000,00, como ajuda de custo, para o UFC - União Futebol Clube participar da 2º divisão é simplesmente uma vergonha.

A cidade de União dos Palmares vive um dos piores momentos de sua história. O atual prefeito foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pela prática de Improbidade Administrativa e malversação de verba pública. Isto porque, além de permitir a falta da merenda escolar, por longos períodos, ainda se constatou superfaturamento na aquisição dos produtos utilizados na merenda escolar.

Como a verba destinada a merenda escolar é federal, o prefeito, Areski de Freitas deve ser denunciado também pelo Ministério Público Federal. Ação similar a que também respondia seu antecessor, Zé Pedrosa. Com o falecimento de Zé Pedrosa, o Ministério Público Federal requereu a habilitação no processo dos herdeiros do ex-prefeito, já que os herdeiros são passíveis de perderem parte da herança, pelo menos até o limite dos prejuízos causados ao erário.

Voltando ao tema esporte, não custa relembrar que o União Futebol Clube era dirigido pelo Juiz de direito José Lopes Netto, o mesmo que julgou ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, mais precisamente pelo promotor Tácito Yuri, por suposta pratica de crime eleitoral. Processo esse que, em primeira instância favoreceu o prefeito e, hoje se encontra em última instância para ser julgado pelo TSE, já que o TRE confirmou o entendimento do magistrado de 1º grau.

Quanto a decisão do doutor José Lopes Netto, não questiono o mérito, mas o fato de não ter se averbado suspeito em atuar no caso. Dado a relação direta com os administradores municipais.

Sobre a realidade palmarina, posso asseverar que conceder ajuda a um time de futebol da 2ª divisão do campeonato alagoano, enquanto muitos palmarinos continuam a sobreviver em situação sub-humana após as enchentes de 2010 é simplesmente um atentado aos direitos humanos e a probidade administrativa.

Nota zero ao Prefeito Areski de Freitas, que propôs o projeto, e a Câmara Legislativa Municipal que o aprovou. Com a palavra a população palmarina!