O deputado estadual Edval Gaia Filho (PSDB). líder do governador Teotonio Vilela na Assembléia Legislativa, chegou de Brasília, onde esteve ao lado do senador Renan Calheiros, do deputado federal Renan Filho e do prefeito palmeirense,tucano James Ribeiro onde teve uma audiência com o ministro da Justiça,petista José Eduardo Cardoso  para pedir apoio contra s à ação – que, segundo ele, seria irresponsável – da Fundação Nacional do Índio, que iniciou processo de demarcação de terras que pertenceriam à tribo indígena Xucuru-cariri, que habita a região de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano.

Tudo porque, segundo Edval Gaia, a concessão de sete mil hectares de terra para os índios seria ‘um absurdo’.

“A Funai já fez duas demarcações na região. Na primeira oportunidade, disseram que os índios teriam direito a quinze mil hectares, mas viram que ao teriam condições de fazê-lo, passando a sete mil hectares na segunda medição. Eles não passam de quinhentos índios, cuja metade, se for consultada, confessará que não precisa de tanta terra. Não sou contra os indígenas, até porque eles até me ajudaram nesta eleição. Mas muitas pessoas ficaram desempregadas e serão expulsas de Palmeira dos Índios com esta ação”, comentou o deputado, reportando-se  da Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Justiça, Paulo Barreto ainda no governo Lula.

Ainda de acordo com o deputado, o número de grandes proprietários de terra em Palmeira dos Índios não seria grande, se comparado a outras regiões do país, inclusive proporcionalmente.

“Muitas famílias não mais terão com o que sobreviver. Em Palmeira, temos apenas sete proprietários com mais de cem hectares. Uma cidade tão tradicional, que hoje representa o sexto PIB [Produto Interno Bruto, que mede as riquezas de cada região] de Alagoas, não pode simplesmente sumir do mapa, avaliou Edval Gaia, acrescentando que somente duas indústrias (uma de laticínios e uma distribuidora de alimentos, ambas situadas na área da demarcação) empregam mais de duas mil pessoas.

Para ele, a população já estaria ‘aterrorizada’. “Todos estão muito apreensivos. Além disso, a Funai não conseguiu provar que existiria um cemitério construídos pelos indígenas que deverão receber as terras, o que seria um argumento importante para a demarcação, a fim de associá-la aos ancestrais da tribo”, acrescentou o tucano líder do governo Teotonio na casa Tavares Bastos

Disse o parlamentar palmeirense que o deputado federal Renan Filho (PMDB),  lembrou o que teria sido um equívoco da Funai na Bahia, onde o órgão federal teria reconhecido uma tribo indígena extinta há mais de 300 anos.