A recuperação do leito do Riacho do Silva, em Bebedouro, é uma das grandes obras de prevenção articuladas pelo setor de Divisão de Limpeza de Canais da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum). O trabalho, que teve início no ano passado, conta agora com o reforço da Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma). Desde o início da semana, o órgão tem feito um trabalho de conscientização dos ribeirinhos, com o apoio dos educadores ambientais da Slum.
O principal objetivo é alertá-los sobre a contaminação do riacho, já que ele vem recebendo esgoto sanitário e de avícolas. Antes de irem a campo, os educadores foram capacitados sobre as doenças decorrentes da poluição da água. Em seguida, de posse de um questionário, os educadores realizaram entrevistas para que seja traçado um perfil dos hábitos de quem mora na região.
Enquanto realizavam as visitas foi possível constatar que muitos ainda dispensam o lixo de modo inadequado, às margens do riacho. Essa atitude acaba por contribuir para que os resíduos acabem em seu leito, alterando assim o fluxo da água. Num dos trechos foram encontradas centenas de garrafas pet entupindo a tubulação que ligava os dois lados de uma das pontes existentes na região.
Outra irregularidade encontrada envolve um aterro que vem sendo feito na área de várzea que margeia o riacho. Todos os dias tem sido despejados restos de construção, afim de que o terreno ganhe sustentação. Essa ação, que tem agredido o meio ambiente, está favorecendo a especulação imobiliária, já que no local há o comércio de lotes. A situação deve ser fiscalizada pela Superintendência Municipal de Controle do Convivio Urbano (SMCCU), nos próximos dias.
Na próxima semana, os educadores da Slum irão ampliar o trabalho na região. Eles manterão contato com os comerciantes que criam porcos e exploram o comércio de carnes em avícolas e açougues. Conforme os primeiros levantamentos, além da água oriunda da lavagem, eles também estariam despejando os resíduos no riacho.